Sesau alerta sobre cuidados com crianças que possuem Fenda Oral

Ascom/SesauSesau alerta sobre cuidados com crianças que possuem Fenda Oral

Sesau alerta sobre cuidados com crianças que possuem Fenda Oral

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) realizou nesta sexta-feira (17), no Hotel Jatiúca, em Maceió, um curso de Atualização e Formação de Multiplicadores em Cuidados de Saúde e Alimentação da Criança com Fenda Oral. O Objetivo foi capacitar pediatras, enfermeiros, fonoaudiólogos e assistentes sociais de cinco maternidades que estão sendo foco de um projeto de pesquisa sobre fenda oral.

A diretora de Atenção Especializada e Programas Estratégicos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Rejane Calheiros, disse que o curso se propõe, sobretudo, a capacitar profissionais para os cuidados na alimentação e nutrição da criança com fenda, bem como a reabilitação dela após a cirurgia plástica corretiva. “Uma em cada 600 crianças nasce com fenda oral e a cada 2,5 minutos nasce uma no mundo com má-formação facial”, enfatizou.

A atenção especializada à pessoa com fenda de palato ou de lábio deve começar no pré-natal, seguindo pela cirurgia e pós-cirurgia, segundo informou o professor e médico geneticista da Universidade Estadual de Ciências da Saúde (Uncisal), Marshall Fontes. “O problema da má-formação envolve desde a amamentação, porque o bebê tem dificuldades de deglutição, à respiração. Muitas vezes tem anemia, baixo peso e dificuldade de crescimento”, enfatizou Fontes.

Pesquisa – O cuidado completo à saúde das pessoas com fenda oral é o foco principal da pesquisa denomina Fendas Orais no SUS Alagoas: Definição do Modelo para Referência e Contrarreferência e Genética, que faz parte do Programa de Pesquisa para o SUS (PPSUS). A médica geneticista e coordenadora da pesquisa, Isabella Monlleó, afirmou que cinco maternidades do Estado, sendo duas de Arapiraca, uma de Santana do Ipanema e duas de Maceió foram escolhidas para iniciar o projeto.

De acordo com ela, a ideia é testar o modelo que articula a atenção às maternidades, a Básica (Unidades de Saúde) e serviços de genética especializados. “Quando o bebê nasce com fenda oral, cabe à maternidade selecionada ligar para um dos nossos alunos para agendar a consulta com geneticista. A partir de então, é feito o diagnóstico para saber se é uma má-formação isolada ou síndrome (tem outras doenças no coração, rins ou sistema nervoso central, por exemplo)”, destacou.

Segundo Isabella, o geneticista vai fazer um plano de tratamento, avaliando as repercussões para a vida da pessoa que nasceu com a fenda, o prognóstico (o que vai acontecer) e as chances de o caso se repetir na mesma família. “Até para planejar a cirurgia é importante passar pelo geneticista, uma vez que a criança não pode estar abaixo do peso, anêmica e com outras debilitações. A pessoa com esta má-formação geralmente faz mais de uma cirurgia e há casos que fazem até dez”, explica.

O tratamento cirúrgico pelo SUS é feito por 29 serviços credenciados pelo Ministério da Saúde no Brasil, sendo quatro no Nordeste, em Recife, Fortaleza, Teresina e Salvador, onde os pacientes são destinados por meio do Tratamento Foram de Domicílio (TFD). A primeira cirurgia é de fechamento da fenda, depois a de nariz, já que a arquitetura facial, segundo a geneticista, muda muito e precisa ser reconstruída. Entre os cuidados posteriores à cirurgia estão o acompanhamento com odontólogo (para correção dos dentes), fonoaudiólogo (para reverter a voz anasalada) e otorrinolaringologista para resolver o déficit auditivo.

Fonte: Ascom/Sesau

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos