Transpal e SMTT apresentam projeto de bilhetagem plena em janeiro de 2015

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Mesmo com a implementação de um sistema de monitoramento de câmeras e do GPS – que hoje compreende 100% dos ônibus da capital – a violência em transportes públicos alta em Maceió.

Para combater isso, o Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE/AL) reuniu, na manhã desta terça-feira (28), representantes do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Maceió (Seturb-Mac), da Transpal e da Superintendência Municipal de Transporte de Trânsito de Maceió (SMTT) para avaliar a possibilidade de instalação de um sistema de bilhetagem plena, que propõe a eliminação do uso de dinheiro em ônibus.

Segundo dados da Associação dos Transportadores de Passageiros de Alagoas (Transpal), de janeiro até outubro deste ano são 867 assaltos registrados na região metropolitana. De acordo com o promotor Flávio Gomes de Barros, do departamento de Direitos Humanos do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL), ficou acertado na manhã de hoje que os órgãos farão um estudo técnico e vão apresentar uma proposta em janeiro de 2015 . A ideia é identificar a aplicação do serviço em outras regiões do Brasil.

“Visitaremos alguns lugares que estão com a bilhetagem plena como é o caso de Campinas-SP e Ribeirão Preto-SP, mas estamos fazendo também outras avaliações. Nossa preocupação é que a implementação do sistema não ocasione demissão em massa dos cobradores pois queremos manter os empregos existentes”, garante o superintendente da SMTT, Tácio Melo.

Segundo Rubens Pimenta, presidente da Seturb-Mac, os cobradores devem ser remanejados para outras funções como a de agentes de bordo que atuam na orientação dos passageiros. Nesta função os profissionais devem receber capacitação e o salário será mantido. A ação é vista com dúvida por membros do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Alagoas (Sinttro-AL).

“Em 2011 houve um TAC firmado entre nós, o MPE e a SMTT para reduzir a violência no transporte público. Entre as mudanças exigidas estavam a instalação de câmeras, identificação de meliantes por meio de cartazes, ação de uma delegacia especializada e a retirada de dinheiro em espécie. O que estamos fazendo é cuidar deste item”, explica o presidente.

De acordo com a Transpal, a nova função deve eliminar o uso do dinheiro e assim diminuir o interesse de criminosos pelo transporte coletivo.

Botão de Pânico para passageiros

Além do circuito de vigilância de câmeras e da bilhetagem plena, a SMTT informa que a implementação do GPS está completa. Outra atividade que pode vir a somar na tentativa de reduzir o número de assaltos é a implementação de um Botão de Pânico para passageiros. “O botão permite que qualquer passageiro poderá acionar a SMTT e o Centro Integrado da Defesa Social [Ciods] caso um assalto estiver em andamento”, informa Tácio Melo.

Detalhes do serviço não puderam ser adiantados, mas a SMTT garante que a iniciativa está em fase de experiência. Ela deve entrar em vigor até o final do ano.

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