Alunos da rede estadual representam o Estado em eventos nacionais

AssessoriaAlunos da rede estadual representam o Estado em eventos nacionais

Alunos da rede estadual representam o Estado em eventos nacionais

O Governo do Estado apoiou, nos últimos anos, mais de 80 alunos da rede pública estadual na exposição de projetos de iniciação científica em feiras nacionais e internacionais, além da participação em eventos importantes na área da ciência e tecnologia que incentivam o desenvolvimento da pesquisa e estimulam o aluno.

Considerada a maior feira de pré-universitários de ciências e engenharia do Brasil, a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) selecionou entre 1.800 trabalhos, a pesquisa de Deivid Santos de Almeida, 17 anos, e Israel Cândido dos Santos, 18 anos, ambos alunos da Escola Estadual Nossa Senhora da Conceição, do município de Lagoa da Canoa. Os alunos foram para São Paulo no início de 2014 e conquistaram o 3º lugar entre 331 projetos.

Pesquisa

O projeto foi denominado “Pseudofruto do Anacardium Occidentale como Base para Ração de Aves”. Sem disfarçar a alegria pelo reconhecimento, eles contam que a pesquisa foi desenvolvida com o objetivo de auxiliar a produção dos pequenos produtores da região. O projeto mostrou uma maneira de baixar o custo para os criadores de aves. “É muito importante levar esses projetos para outros lugares do Brasil. Criamos com o objetivo de expor e gerar resultados e benefícios para a população”, destacou Israel. “Contar com o apoio do Estado é fundamental para que possamos viajar e tornar público nossas pesquisas”, ressaltou Deivid.

Filho de agricultor e aprovado em engenharia civil no último Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) no final de 2013, Israel contou que desde muito tempo observou que na plantação de caju do seu pai havia o aproveitamento apenas da castanha e um alto desperdício do pedúnculo.

Após um ano e meio de muitas pesquisas, Deivid que vai cursar Matemática na Ufal esse ano, conta que, juntos, descobriram que o farelo do caju tinha semelhança com o milho – alimento que servia para a alimentação das aves. “Pensamos: se a ave come milho, ela pode comer esse farelo. Assim o caju não seria mais desperdiçado e os produtores teriam comida mais barata para alimentar suas aves”, frisou Israel.

No entanto, os estudantes resolveram aprofundar a pesquisa e descobriram que apenas o farelo não seria suficiente. Isso porque não continha a proteína necessária para a nutrição completa das aves. “Precisávamos de um complemento para o farelo, pensamos em usar a levedura, mas isso iria aumentar o custo e por ser um projeto voltado para os pequenos agricultores teria que ser algo com custo baixo”, explicou Deivid. Foi então que eles descobriram a proteína em resíduos que diariamente são jogados no lixo em domicílios. A casca de ovo, de banana, batata ou de cenoura, tem a proteína necessária para complementar a ração para aves.

De acordo com os alunos, o pedúnculo do caju tem uma produção de um milhão de toneladas por ano e somente 15% dele é aproveitado no Brasil – mesmo sendo o país número um do mundo em termos de aproveitamento. Isso significa que 850 mil toneladas de caju são desperdiçados anualmente. Para comprovar a pesquisa, os alunos criaram três grupos de criação: o Grupo A alimentou-se de farelo de milho, o Grupo B alimentou-se de farelo de caju com resíduos e o Grupo C comia apenas o farelo de caju puro. As aves do Grupo B tiveram 60 gramas a mais que o Grupo A – pesando, no final, 860 gramas. Já a do Grupo C, obteve um peso final de 750 gramas.

Assim como Deivid e Israel, outros alunos puderam expor pesquisas em eventos considerados referência no país, como a Mostra de Ciência e Tecnologia da Escola Açaí (MCTEA) – onde 15 Alunos mostraram suas pesquisas dos quais dois foram premiados. A Mostra Brasileira de Ciências e Tecnologia (MOSTRATEC) – com a presença de 14 estudantes alagoanos em 2013 com duas premiações e 12 alunos em 2014. O Fórum Internacional Científico Juvenil de Londres (LIYSF) – que contou com três alunos, a Feira Nordestina de Ciências e Tecnologia (FENECIT) com a participação de 18 alunos dos quais seis foram vencedores da competição. E a Genius Olympiad, nos Estados Unidos, que contou com dois alunos alagoanos.​

Fonte: Assessoria

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