Serraria: Moradores do PAR denunciam ‘piscina fantasma’ e taxas irregulares

Izabelle Targino/AL24hInfiltrações e falta de manutenção na cerca elétrica

Infiltrações e falta de manutenção na cerca elétrica

A cobrança do valor de R$ 700 reais para manutenção de piscina, apresentada na prestação de contas do último mês de novembro, e o aumento do valor do condomínio em 16%, já para o mês de janeiro deste ano, revoltou moradores do Residencial Iracema, um habitacional do Programa de Arrendamento residencial (PAR), localizado na Serraria.

A cobrança do valor para manutenção de piscina parece uma coisa normal, quando o condomínio tem piscina em sua área de lazer. Nem no projeto inicial do PAR, nem recentemente, houve qualquer indício de construção da piscina cobrada. Já o aumento do valor do condomínio, de acordo com os moradores, não condiz com a realidade do residencial, que precisa de diversos reparos e manutenções.

Uma comissão de moradores procurou a reportagem do Alagoas24horas para denunciar diversos problemas que atormentam suas vidas.

Segundo Francisco, um dos integrantes da comissão, o condomínio apresenta diversos problemas. “Existem infiltrações no hall e em alguns apartamentos de diversos prédios, caixas de gordura estouradas, infiltrações também no salão de festas, o parquinho não existe mais, rachaduras, problemas nas instalações elétricas, além da quadra de esportes, que está com as telas e outros materiais danificados. Tem também a cerca elétrica que acreditamos que não funciona e não tem nenhuma manutenção, porque as plantas estão crescendo e se enroscando na cerca”, relatou Francisco.

Outro problema que preocupa os moradores que têm apartamentos no terceiro andar são os forros de PVC. Segundo Luzinete Nascimento, os apartamentos dos outros andares são forrados com laje, mas o os do terceiro andar, são forrados com PVC e este material está cedendo em alguns imóveis.

“Com o vento que entra pelo telhado, o forro de PVC da minha casa e de outros aqui do condomínio está soltando. Se deixarmos as janelas e a porta aberta, como aqui é muito ventilado, o teto fica balançando e em muitos apartamentos, alguns pedaços já caíram. Já imaginou se cai na cabeça da minha filha de cinco anos?”, questionou a moradora.

Aumento da taxa de condomínio gera polêmica

Paralelo a todos os problemas com manutenção denunciados pelos moradores, o aumento de 16% no valor da taxa de condomínio gerou polêmica entre os moradores. Segundo eles, falta justificativa para aumento do valor.

“Nosso condomínio até dezembro era de R$ 119 reais e aumentou para R$ 137, quase o valor que a gente paga na parcela do apartamento, que é de R$ 148. Não estamos aqui questionando o aumento em si. Nós pagaríamos satisfeitos, se este valor fosse justificável. Mas não vemos aqui empenho da administradora em resolver os problemas”, explicou Iracilda Mendonça, outra moradora do residencial.

Para pressionar a construtora a reajustar o valor da taxa do condomínio, uma comissão de moradores iniciou uma campanha para que não paguem a taxa referente ao mês de janeiro.

Moradores esperam reunião com Caixa e Construtora

A comissão de moradores entrou em contato com a Caixa Econômica. Segundo Francisco, um dos integrantes da comissão passou três semanas tentando entrar em contato com a Caixa e, na terceira tentativa, conseguiu conversar pessoalmente. “Ele conseguiu falar com um dos responsáveis, mas ele disse que não poderia fazer uma reunião sem o representante da administradora e ficaram de ligar até a última sexta, mas não ligaram. Nós vamos aguardar um pouco mais e, caso a Caixa Econômica não marque essa reunião para tentarmos resolver os problemas, vamos resolver judicialmente”, disse Francisco.

O Alagoas24Horas entrou em contato com a assessoria da Caixa Econômica, por telefone, mas não obteve êxito.

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