Após dez anos, agropecuarista que assassinou estudante será julgado

Arquivo Pessoal/CortesiaEstudante de direito Márcio Edsandro Silva Correia

Estudante de direito Márcio Edsandro Silva Correia

A Justiça marcou para o dia 17, próxima segunda-feira, o julgamento do agropecuarista Gerson Lopes de Albuquerque Júnior, acusado confesso de assassinar a tiros o estudante Márcio Edsandro Silva Correia, crime ocorrido em maio de 2004, em um posto de combustíveis no bairro da Jatiúca.

O crime que teve grande repercussão na época, motivado por ciúmes. Para a família, o júri é um misto de alívio e revolta, pelo espera angustiante por Justiça. “O réu se encontra solto. Após dez anos de muito sofrimento e espera, o dia do julgamento chegou”, disse um membro da família.

O estudante, à época com 23 anos, era namorado de Marcella Lagrotto, ex-companheira de Gerson Júnior, com quem viveu durante quatro anos e teve um filho. Na noite seguinte ao crime, que ocorreu num domingo, Gerson Júnior se apresentou à polícia e fez a confissão.

O delegado da 2º DP, no entanto, não prendeu o agropecuarista, pois, segundo ele, o pedido de prisão não seria feito porque o acusado possuía residência fixa e não representava perigo para a família da vítima ou risco à sociedade.

Segundo a Justiça, Gerson Júnior – na época do crime – já respondia a dois processos na Justiça. Um por ter participado de um "pega" na Avenida Fernandes Lima e outro por crime contra a honra, na 2ª Vara Criminal. Logo depois de ter sua prisão temporária decretada, Gerson Júnior foi solto devido à falta do flagrante, mesmo sabendo-se que ele havia premeditado o crime.

Provas

O inquérito da polícia concluiu que Gérson Júnior matou Márcio Edsandro por ciúmes, após uma discussão banal. O delegado da época, Dalmo Lima, quando recebeu o laudo pericial dos legistas do IML, que desmentiam a versão do agropecuarista, de que o crime fora cometido em legítima defesa.

Os legistas comprovaram que Márcio Edsandro levou cinco tiros à queima-roupa, um deles fatal, na nuca. Segundo os legistas, o tiro na nuca foi disparado quando o estudante já estava caído de bruços, sem nenhuma possibilidade de reação.

O julgamento será às 8h, no Fórum do Barro Duro.

Fonte: Com

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos