Casa Lar de Maceió pretende integrar vítimas da violência à vida em família

Alagoas24horasPrefeitura inaugura primeira casa-lar na capital alagoana

Prefeitura inaugura primeira casa-lar na capital alagoana

A primeira Casa Lar da capital foi inaugurada na manhã desta terça-feira (6), em Jacarecica. A ação que envolve a organização não governamental (ONG) Aldeias Infantis SOS Brasil e a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) estabelece, pela primeira vez em Maceió, um modelo de acolhimento de crianças entre 7 e 17 anos vítimas da violação de direitos que irão ser inseridas em um novo lar.

A casa é fruto de uma proposta que prioriza o resgate dos laços familiares desses jovens que são acompanhados 24 horas por dia por duas mães sociais, além de receberem acompanhamento de profissionais de assistência social, pedagogos e psicólogos.

A inauguração foi feita pelo prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB). Na oportunidade, Rui ressaltou o objetivo da iniciativa que recebe um investimento da ordem de R$ 42.170 mil para equipagem e R$ 16 mil mensais para manutenção.

“É um modelo bem recebido em outros estados no Brasil, assim como foi em Recife que inaugurou uma casa no mês passado. Tem tudo para dar certo, serão no máximo dez crianças por unidade e elas participam inclusive na compra de brinquedos e na escolha dos móveis do seu novo lar”, analisa Palmeira.

As crianças escolhidas para a casa passam por uma triagem promovida pela Semas. A secretaria utiliza como critério a composição de famílias, ou seja, crianças e jovens que estavam separados em diferentes abrigos da cidade. “Todos os jovens vêm de uma desestrutura familiar muito grande, então essa é a nossa intenção, de prepará-los para o futuro e incentivá-los a estudar”, complementa Palmeira.

A casa não possui nenhuma placa na porta que indique o funcionamento. De acordo com a secretária municipal de Assistência Social, Juliana Vergetti, a ausência é uma estratégia do modelo de acolhimento que busca a proximidade com o dia a dia de uma família, diferentemente do que é promovido nos outros núcleos de acolhimento da secretaria. “A ideia é realmente substituir a família e fazer com que as crianças participem dessa escolha. Hoje contamos com oito crianças e aguardamos ainda a chegada de alguns móveis”, disse.

A coordenação das atividades é feita em parceria com a ONG, que em Alagoas é representada pela gestora Rickelane Gouveia. A Aldeias Infantis SOS Brasil surgiu na Europa durante a Segunda Guerra Mundial e se encontra presente em 133 países onde existem crianças em situação de vulnerabilidade social.

No Brasil, a organização mantém a guarda provisória dos jovens e garante os direitos básicos como alimentação, educação, saúde, lazer e direito à convivência familiar.

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