Diego Florêncio: réus negam qualquer participação no crime

O julgamento foi desaforado de Palmeira dos Índios devido à influência dos réus no município.

Alagoas24horasJulgamento movimenta familiares dos réus e das vítimas

Julgamento movimenta familiares dos réus e das vítimas

Quase sete anos após o crime que pôs fim à vida do universitário Diego Santana de Florênio, de 23 anos, três réus são julgados nesta terça-feira, dia 13, no Fórum do Barro Duro. O julgamento foi desaforado de Palmeira dos Índios devido à influência dos réus no município.

Estão sendo julgados o empresário Paulo José Leite Teixeira, o Paulinho do Cartório, Juliano Ribeiro Balbino, que seria o autor dos disparos, e o filho das ex-prefeita Angela Garrote, Antonio Garrote da Silva Filho, o Toninho Garrote. Rita de Cássia Carvalho Wanderley, a Ritinha, que chegou a ser presa, não foi pronunciada.

Uma banca de advogados participa da defesa dos réus. A tese consiste na negativa de autoria de todos os envolvidos. A defesa de Antonio Garrote afirma que ele sequer conhecia a vítima, assim como Paulinho do Cartório.

"O Toninho aparece no processo para sacramentar o álibi e não existe uma testemunha que fortaleça o conflito entre a vítima e os acusados. Ele caiu de paraquedas no caso", afirma Raimundo Palmeira, advogado de defesa de Garrote.

Quanto a Juliano Balbino, a defesa afirma que a testemunha que o teria reconhecido, inclusive descrevendo a sua roupa no dia do crime, teria feito a confissão sob coerção de um policial identificado como Hermes, ligado à família da vítima.

Na época do inquérito, os réus chegaram a informar que estavam em uma festa em Arapiraca, no dia do crime, mas o juiz Luciano Andrade de Souza pronunciou os acusados em 2010. Em 2008, os réus ainda conseguiram fugir de uma megaoperação das polícias Civil e Militar para capturá-los. A informação sobre os mandados de prisão teriam ‘vazado’ durante uma festa. Todos fugiram e se apresentaram no Fórum, em Maceió.

O auditório da 9ª Vara Criminal está lotado de familiares de Diego Florêncio e dos réus. O júri é presidido pelo juiz John Silas e não há previsão para encerramento. Cinco testemunhas foram arroladas, mas até agora nenhuma foi ouvida. O advogado José Fragoso atua como assistente de acusação da promotora Marta Bueno.

Crime

Diego Santana de Florêncio, de 23 anos, foi assassinado com mais de dez tiros de pistola 380, no dia 23 de junho de 2007, na cidade de Palmeira dos Índios. O estudante estava voltando para casa após ter saído com um amigo para fazer um lanche quando foi surpreendido por um homem que efetuou os disparos.

Cerca de dez tiros atingiram a cabeça e o tórax do estudante. Diego chegou a ser socorrido e levado ao Hospital Santa Rita, em Palmeira dos Índios, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu.

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