Gaviões e Camisa 12 formam frente de defesa do estádio contra protesto

Amanda Previdelli/G1Integrantes da Gaviões da Fiel monitoram movimento perto da Arena Corinthians

Integrantes da Gaviões da Fiel monitoram movimento perto da Arena Corinthians

As torcidas organizadas Gaviões da Fiel e Camisa 12 acompanharam pela segunda vez um protesto que tinha como destino o novo estádio do Corinthians, na Zona Leste de São Paulo. Na manhã desta quinta-feira (15), torcedores montaram um "posto avançado" para "proteger" o estádio. "Se viessem depredar o estádio, ia ter confronto direto. Somos 80 contra 2 mil [manifestantes] por amor. A gente mata e morre por isso aqui", disse Diogo Lourenço, integrante da Camisa 12.

A Arena Corinthians foi o destino final de um protesto organizado por membros do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) que ocupam uma área a cerca de 4 quilômetros do estádio. Os sem-teto negam qualquer intenção de vandalismo.

Um dos coordenadores do MTST, Guilherme Boulos, afirmou que não haverá tentativas de depredação ao estádio do Corinthians, que será palco da abertura da Copa. "O objetivo não é fazer provocações. Falamos com a Gaviões e respeitamos o patrimônio do Corinthians. O objetivo é chamar atenção para as nossas pautas", disse. "Não vamos avançar porque não queremos provocar. O problema não é o estádio, é a Copa", disse.

A Gaviões da Fiel usou seu site e twitter oficiais para convocar nesta quinta-feira (15) seus associados para protegerem a Arena Corinthians de possíveis protestos de grupos contrários à realização da Copa do Mundo. Segundo o advogado da torcida organizada, Davi Gebara, objetivo é impedir que manifestantes invadam e danifiquem o patrimônio do Corinthians. “A Gaviões da Fiel é contra qualquer tipo de depredação ou de manifestação violenta”, disse. “E irá para lá para proteger o patrimônio do Corinthians para que ele não seja depredado”.

Estádio, questão de honra
A frente de defesa reuniu torcedores uniformizados da Gaviões da Fiel e Camisa 12. Cerca de oitenta pessoas cercaram o estádio para garantir a proteção da Arena. Segundo os torcedores, eles ficaram sabendo dos protestos "pelas redes sociais" e quem conseguiu sair do trabalho, foi ao estádio.

Sem querer se identificar, um dos torcedores explicou como agiriam em caso de tentativas de depredação. "Olha o campo aberto aqui, se virar guerra está cheio de pau, pedra. Você mata um, dois, o resto corre", disse. "É como falar que vai ter protesto na sua rua, vão quebrar todas as casas. Você não vai deixar eles entrarem, né", explicou um adolescente.

Lourenço concorda: "Eu não tenho nada, isso aqui que é meu legado. Como que chama quando o pai deixa para o filho? Isso é a nossa herança" contou.

Primeira convocação
Em abril, a Gaviões convocou torcedores para proteger o estádio contra ato chamado por coletivos contrários à Copa do Mundo. "Estamos convocando a Nação Corinthiana para ir conosco aqui da sede juntos, para evitarmos qualquer tipo de depredação e vandalismo na casa da FIEL TORCIDA". Na ocasião, a torcida chegou a oferecer ônibus para levar os torcedores.

Fonte: G1

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