Representantes da Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico estiveram reunidos, na última quinta-feira (15), com mais de 100 mineradores do munícipio de Maribondo, esclarecendo os principais questionamentos do processo que visa a criação de uma cooperativa responsável por coordenar a atividade na região. A reunião também contou com a participação de técnicos da Prefeitura de Maribondo, da Organização de Cooperativas Brasileiras (OCB), e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Copperativismo (Sescoop).
Por conta de problemas apresentados durante o processo de extração, recentemente, a atividade na região foi interrompida pelos órgãos competentes. De acordo com o diretor de Recursos Minerais da Seplande, Ricardo Queiroz, para que eles possam retomar os trabalhos, é necessária a contratação de uma empresa que realize o trabalho de detonação. “O Exército só permite que empresas credenciadas realizem este trabalho. Como o custo é alto, o ideal é criarem uma cooperativa, para que os custos possam ser divididos, além de receber diversos benefícios do governo”, explica.
A atividade de mineração é uma das principais fontes de renda do município de Maribondo, principalmente do povoado de Mata Verde. “Aproximadamente 90% do dinheiro arrecadado com a venda dos granitos ficam no município. Ou seja, a atividade movimenta a economia local, gerando centenas de empregos”, afirma o prefeito Antônio Ferreira de Barros.
Arranjos Produtivos Locais – Ainda durante a reunião, a gestora do APL Extração Artesanal de Granito de Alagoas, Glória Velásquez, explicou a atividade exercida no seu território de atuação, onde são desenvolvidas ações de capacitação e valorização da mineração no estado. “Com a criação da cooperativa, os mineradores serão monitorados e terão um acompanhamento mais próximo do Governo, que contribuirá para o desenvolvimento da atividade”, explica.
Representantes dos mineradores de Matriz de Camaragibe também participaram da reunião, pois pretendem regulamentar a atividade no município.