Com Luis Enrique, Barcelona busca revolução ao estilo de Guardiola

Getty ImagesLuis Enrique e Guardiola jogaram juntos no Barça e na seleção

Luis Enrique e Guardiola jogaram juntos no Barça e na seleção

As "mudanças profundas" anunciadas pelo presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeu, têm uma inspiração clara. Com a contratação de Luis Enrique como treinador, o clube tenta repetir, seis anos depois, o efeito que teve a chegada de Pep Guardiola ao time principal.

Os dois têm perfis parecidos. Formados na mesma turma da escola de técnicos da Real Federação Espanhola de Futebol, passaram pelo Barcelona B em busca de uma chance na primeira equipe. A de Guardiola, veio logo; Luis Enrique teve de esperar.

Mas na segunda-feira, dia em que foi anunciado como treinador, o ex-meio-campista já deu uma pequena mostra de como será sua filosofia de trabalho. Não por acaso, horas depois o Barcelona anunciou que Rafinha e Deulofeu – revelados no clube e que estavam emprestados – voltarão ao time principal.

A aposta de Luis Enrique na dupla remete não apenas ao futuro, mas também ao passado: os dois trabalharam com ele no time B, na temporada 2009/10. O brasileiro Rafinha, que é filho de Mazinho e irmão de Thiago Alcântara, estava com o treinador no Celta e fez boa temporada pela equipe galega.

Deulofeu, grande nome da base nos últimos anos, estava cedido ao Everton, que tentava mantê-lo por mais um ano. Luis Enrique preferiu contar com o ponta imediatamente.

A busca por soluções nas categorias de base e em jogadores formados pelo clube, que deve dar o tom da era Luis Enrique, foi um dos mantras de Guardiola.

Logo que chegou à equipe principal, na pré-temporada 2008-09, o treinador contratou Gerard Piqué, revelado pelo clube, mas que havia ido para o Manchester United. Além disso, levou dez jogadores das categorias de base para o elenco principal – o goleiro Oier, os defensores Botía e Muniesa, os meio campistas Busquets, Thiago Alcântara, Xavi Torres, Abraham e Victor Vázquez, e os atacantes Pedro e Jeffrén.

Enquanto dava chances às crias do clube, Guardiola desfazia-se de veteranos como Ronaldinho, Deco, Ezquerro e Oleguer; na segunda temporada do treinador, seria a vez de Eto’o.

A revolução de Luis Enrique deve ser mais gradativa. Dois veteranos deixaram o clube por vontade própria – Victor Valdés e Carles Puyol -, o goleiro Pinto foi dispensado, e jogadores experientes como Daniel Alves e Mascherano estão no mercado, com grandes chances de sair. Xavi, ícone da Era Guardiola, ainda não é nome certo para a próxima temporada.

A renovação, que começa com Rafinha e Deulofeu, passa também por um jovem goleiro – o alemão Marc-Andre Ter Stegen, já confirmado – e por mais nomes da base. Jovens como o zagueiro Bartra e o meia Sergi Roberto, o mais jovem do elenco atualmente e que teve poucas chances com Martino, podem ganhar mais espaço.

Destaques das categorias de base, como o volante Sergi Samper, o goleiro Masip, e os zagueiros Carles Planas e Sergi Gómez também devem ser testados no primeiro time.

Fonte: ESPN

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