Empresário que matou amigo após festa junina vai a júri popular

Alagoas24horas/ArquivoFamiliares de Davi Hora se mobilizam para julgamento

Familiares de Davi Hora se mobilizam para julgamento

Quase nove anos após o assassinato, familiares e amigos do jovem Davi Hora Barros Omena, de 18 anos, irão acompanhar o julgamento do acusado no crime, o empresário Rodolfo Amaral. O júri acontece no próximo dia 30 de maio, no fórum da cidade de São Miguel dos Campos, onde ocorreu o assassinato.

Davi Hora foi morto com um tiro de pistola calibre 22, efetuado por Rodolfo Amaral, na madrugada do dia 23 de junho de 2005, quando ambos voltavam de uma festa junina em São Miguel. O motivo do crime: Davi Hora pediu que Rodolfo Amaral entregasse a chave do carro da família, um Gol de cor preta, uma vez que ele (Rodolfo) estava alcoolizado. Irritado com os questionamentos do amigo, Rodolfo teria atirado com a cabeça de Davi Hora, que teve morte cerebral instantânea.

Hora foi encaminhado à Santa Casa, onde ficou em coma por cerca de 15 horas, por orientação da família, que ordenou a doação dos órgãos. O crime ganhou grande repercussão e mobilizou familiares e amigos de Davi Hora, que tomaram as ruas e estádios em protesto ao crime.

O inquérito policial foi presidido pelo delegado Antonio Carlos Lessa, que com base em depoimentos classificou o crime como homicídio culposo (sem intenção de matar). O advogado da família de Davi Hora, Welton Roberto, acionou a justiça e a juíza Nirvana de Mello reformou a denúncia para homicídio doloso (com intenção de matar).

Oito dias após o assassinato, Rodolfo Amaral se apresentou à polícia e afirmou que o tiro ocorreu de forma acidental, durante uma briga com Davi. A tese, no entanto, ia de encontro ao depoimento de outros cinco amigos da dupla, que confirmaram a versão anterior. Rodolfo também teria efetuado disparos a esmo quando ainda se dirigia a São Miguel dos Campos.

Um das provas a ser utilizada pela acusação será o laudo cadavérico elaborado pelo médico legista Gerson Odilon, que comprovaria que o tiro foi efetuado à queima-roupa, em direção à têmpora da vítima.

Em seu depoimento, o réu ainda disse que comprou a arma em um estacionamento no Centro de Maceió e a jogou no Rio São Miguel após o crime.

O julgamento de Rodolfo Amaral está previsto para ter início às 9 horas e familiares de Davi Hora prometem uma grande mobilização. Sua mãe, Valéria Hora, lançou uma campanha em favor da vida.

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