Julgamento de empresário é acompanhado por dezenas de pessoas
A empresária Valeria Hora, mãe do estudante Davi Hora, morto em 23 de junho de 2005, foi a primeira testemunha a ser ouvida durante o julgamento de Rodolfo Amaral, acusado de matar seu filho.
Valeria iniciou seu depoimento dizendo que não conhecida Rodolfo e na noite do crime estava apreensiva. “Conversei com Davi sobre a viagem, estava preocupada porque não conhecia a pessoa que iria dirigir, no caso o Rodolfo”, declarou a mãe, se referindo à ida de Davi e um grupo de amigos à festa do São João em São Miguel.
A mãe disse que tomou conhecimento do crime através de um amigo de Davi, que ligou perguntando se ele tinha problemas de saúde. “Naquela noite não consegui dormir, recebi a ligação já suspeitando que havia acontecido alguma coisa, pedi que trouxesse meu filho pra mim”, completou mãe, dizendo que foi para o HGE e lá recebeu a informação que o quadro clínico era gravíssimo e dificilmente ele iria escapar com vida.
O depoimento de Valéria segue com detalhes sobre a transferência de Davi para a Santa Casa de Maceió e em seguida ela falou sobre a doação dos órgãos do filho.
A tese da defesa aponta que o tiro que matou o estudante aconteceu de forma acidental, após uma disputa pela arma que pertencia ao réu. Davi tentava convencer Rodolfo a não dirigir, por conta de seu estado de embriagueê.
Visivelmente abatido, o empresário Rodolfo Amaral ao ouvir o depoimento da mãe, não conseguiu conter as lágrimas e foi amparado por seu advogado.
Usando camisas com frases alusivas aos dois casos, familiares e amigos do réu e da vítima acompanham o julgamento que deve seguir até o final da noite desta sexta-feira.
Outras quatro testemunhas devem ser ouvidas durante o julgamento, mais uma de acusação e três de defesa.
O julgamento é presidido pelo juiz Andre Avancini.
