Brasil faz 100º jogo em Copas com rara obrigação de pontuar numa terceira rodada

Jefferson Bernardes/VIPCOMMNeymar fez dois gols na estreia, contra a Croácia, e é o artilheiro do Brasil na Copa

Neymar fez dois gols na estreia, contra a Croácia, e é o artilheiro do Brasil na Copa

Desde o Mundial da Argentina, em 1978, o Brasil não chegava a uma terceira rodada de Copa do Mundo com a chance, ainda que pequena, de não se classificar para a fase seguinte. E o risco existe nesta segunda-feira a partir das 17h, em Brasília, justo no jogo que marca a 100ª partida da seleção brasileira em Copas. Contra Camarões, o Brasil precisa de um empate para assegurar ao menos o segundo lugar do grupo A do Mundial.

“A pressão é boa até o momento em que ainda pode fazer alguma coisa para melhorar. Os jogadores não estão se importando. Sabem da responsabilidade, do que devem evoluir, e a pressão faz parte do futebol. Quem não quer pressão deve mudar de ramo”, disse o capitão Thiago Silva, confiante em fazer um bom jogo contra os camaroneses, já eliminados da Copa.

A última vez que o Brasil parou na primeira fase de uma Copa foi em 1966. Depois disso, só em 1974 e 1978 esteve ameaçado no último jogo da fase de grupos, mas em ambas avançou. O risco existe desta vez, mas não tira o sono do técnico Luiz Felipe Scolari. Ele acredita que é possível avançar, ainda que Camarões possa atrapalhar.

“Eu tenho ouvido de especialistas que não existe mais bobo no futebol. Está muito equivalente. Todo o mundo tem se expressado dessa forma. E os jogos têm mostrado que seleção A, B ou C muitas vezes não passa pela fase de grupos. O nível de atenção e cuidado é grande”, disse o técnico.

A seleção brasileira entra em campo com os mesmos 11 titulares da estreia contra a Croácia. Hulk, poupado contra o México, volta no lugar de Ramires, que o substituiu em Fortaleza.

Camarões não tem qualquer pretensão para a partida. As duas derrotas para México e Croácia eliminaram a equipe. Volker Finke, alemão que dirige a equipe e que deixará o cargo após a Copa do Mundo, acha que a pressão em cima do Brasil pode favorecer os camaroneses.

“É claro que, se a partida for difícil para o Brasil é possível que haja uma pressão maior. Talvez seja um pouquinho mais difícil porque eles também têm que tentar controlar a partida sem se arriscar muito. Para nós, fazer boa partida e ver o que acontece depois. Infelizmente, não temos pressão. Só queremos fazer uma boa partida”, disse Finke. Eto’o, principal nome de Camarões, ficará no banco. Por conta de lesão no joelho direito, ele ficará no banco e pode jogar alguns minutos.

Matemática do grupo
A vitória deve ser suficiente para o Brasil ser o primeiro da chave. Chegaria a sete pontos. Só não seria líder se o México, que joga no mesmo horário contra a Croácia, em Recife, e que também tem quatro pontos, vencer por uma diferença de dois gols a mais do que o Brasil contra os camaroneses. Vitória da Croácia classifica o Brasil mesmo que a equipe de Luiz Felipe Scolari perca por um gol de diferença. Empate do Brasil garante ao menos o segundo lugar.

Retrospecto
Brasil e Camarões se enfrentaram apenas uma vez na história das Copas. Em 1994, as duas equipes jogaram pela segunda rodada da grupo B em San Francisco. O Brasil venceu por 3 a 0 com gols de Romário, Márcio Santos e Bebeto. Foram outros três jogos depois disso. Em 1996, num amistoso em Curitiba, o Brasil venceu por 2 a 0. Em 1999, pela Copa das Confederações, nova vitória: 2 a 0 em Ibagaki, no Japão. E em 2001, na França, pela mesma competição, os camaroneses venceram a primeira contra o Brasil: 1 a 0.

FICHA TÉCNICA – CAMARÕES x BRASIL

Local: Estádio Mané Garrincha, em Brasília
Horário: 17h
Data: 23 de junho de 2014
Árbitro: Jonas Eriksson (SUE)
Assistentes: Mathias Klasenius e Daniel Warnmark, ambos da Suécia

Prováveis escalações

Brasil: Julio Cesar; Daniel Alves; Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho e Oscar; Hulk, Neymar e Fred. Técnico: Luiz Felipe Scolari

Camarões: Itandje; Nyon, Chedjou, N’koulou e Bedimo; Matip, Enoh e N’Guemo; Choupo-Mouting, Aboubakar e Moukandjo. Técnico: Volker Finke

Fonte: IG

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