USP São Carlos inaugura 1º centro para pesquisa de minerais do Brasil

Felipe Lazzarotto/EPTVLaboratório vai funcionar no Instituto de Física da USP de São Carlos

Laboratório vai funcionar no Instituto de Física da USP de São Carlos

A Universidade de São Paulo (USP) inaugura em São Carlos, nesta terça-feira (1º), o primeiro Centro de Caracterização de Espécies Minerais do Brasil. O laboratório vai funcionar no Instituto de Física. Um dos objetivos do trabalho é desenvolver novos materiais e melhorar o processo de produção de companhias mineradoras.

A Associação Mineralógica Internacional já cadastrou aproximadamente cinco mil espécies minerais no mundo, mas apenas 70 foram descobertas no Brasil. O centro ajudará a aumentar esse número. Além de estudar novas rochas, os pesquisadores também devem elaborar estratégias de exploração.

Para o pesquisador Marcelo Andrade, o centro vai trazer uma grande contribuição para a ciência brasileira. “Desenvolvimento de novos componentes eletrônicos. A gente também pode desenvolver novos detentores e no caso dos fármacos, novos medicamentos”, explicou.

Economia

Até então, as empresas que trabalham com minerais precisavam mandar o material para outros países para fazer análises. O processo demorava cerca de dois meses. Com o novo centro, esse tempo deve cair pela metade e a economia pode chegar a R$ 15 mil.

Como funciona

O trabalho de caracterização segue normas internacionais. Assim que o mineral é encontrado, os especialistas vão até o laboratório com um pequeno pedaço retirado. Em seguida, eles colocam em uma máquina, onde é feito um raio-x e, com isso, é possível estudar a estrutura do material e verificar se ele é novo.

Outra técnica mais moderna deve ser utilizada em poucos dias. “Ela não é destrutiva, então você pode analisar os materiais sem ter que moer ou quebrar. Um dos exemplos mais interessantes é quando você quer saber se tem um diamante verdadeiro ou não”, contou Andrade.

Facilidade

Para o diretor de uma mineradora em Descalvado, Luís Eduardo Pereira, que produz dois milhões de toneladas de areia por ano, a novidade é bem vinda. “Vai facilitar bastante porque com o centro mais próximo, serão mais rápido os resultados. E gera uma relação grande com a universidade”, disse.

Fonte: G1

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