Santa Rita vence Santa Cruz
A cabeça do time do Santa Cruz estava no Clássico das Emoções. Essa é a única explicação para a apatia inicial do time tricolor no primeiro tempo da partida no empate por 2 a 2 com o Santa Rita ontem em Maceió. O foco parecia estar no sábado. Porém, duas mudanças e uma provável conversa mais dura nos vestiários modificaram totalmente a cara da equipe. Se não fosse pelo retorno das falhas defensivas em bolas cruzadas na área o time coral voltaria com a vantagem de jogar pelo empate na próxima quarta-feira. Contudo, é hora de focar no Náutico e aproveitar que serão três jogos consecutivos no Arruda a partir de sábado.
A batalha entre os tricolores começou do modo mais comum possível. O time da casa tentou se impor nos primeiros 15 minutos de partida e quase conseguiu abrir o placar. Logo aos dois minutos de bola rolando o Santa Rita teve uma chance clara de balançar as redes, porém a primeira finalização contra a meta de Tiago Cardoso estava em condição de impedimento. Alívio para a defesa coral, que voltou a mostrar deficiências em bolas alçadas na área. O Tricolor do Arruda parecia ter acordado com investidas pelas laterais, mas a atenção, tão pregada nas palavras dos atletas, durante a semana no Arruda parecia ter ficado no Recife.
A desatenção da defesa coral voltou a aparecer quando Sandro Manoel tocou uma bola dentro da área para Marllon. O volante parece não ter visto que Reinaldo Alagoano estava ao lado e por pouco a equipe alagoana, novamente, abre o placar. As investidas pernambucanas só aconteciam pelas laterais e dependiam da insistência de Tony e Renatinho, já que Carlos Alberto e Pingo não acordaram para a partida. O castigo por deixar os donos da casa comandarem as ações veio aos 38 minutos. Aproveitando cruzamento após tabela entre Lucas e Edir, oriundo da má marcação de Renatinho, Tinga empurrou a bola para o fundo do gol de Tiago Cardoso.
Para o segundo tempo o técnico Sérgio Guedes tentou mudar o cenário da partida, inclusive dando uma cara nova ao meio de campo. Com as entradas de Natan e Emerson Santos, o Tricolor jogou numa espécie de 4-5-1. As alterações deram nova cara ao time coral que voltou bem mais interessado na partida, tanto que o empate não demorou a sair. Aos seis minutos,escorando uma das raras cobranças de escanteio o Santa Cruz que vão na direção certa, o artilheiro Léo Gamalho marcou o seu quinto gol na Copa do Brasil.
A mudança na formação surtiu o efeito desejado e tomou o comando da partia. O resultado veio logo na primeira bola de Léo Gamalho recebeu após marcar o primeiro gol e após “tabelar” com o zagueiro adversário o matador chutou sem chances para Jeferson. Tudo caminhava para um desfecho feliz, mas, outra vez, o calo da defesa reapareceu. Outra bola cruzou a área de Tiago Cardoso para Rafael Silva, que mesmo marcado por Everton Sena, cabeceou firme para o fundo das redes. O castigo final veio com um pênalti para lá de infantil de Tiago Cardoso, que derrubou Rafael Silva na área. Reinaldo Alagoano cobrou, fechou o placar e colocou mais pressão na equipe de Sérgio Guedes que em quase um mês após a Copa do Mundo perdeu quatro dos seus seis jogos.
Ficha do Jogo
Santa Rita
Jeferson; Edi, Júnior Carvalho, Celmo Lima, e Jeanderson; Cristiano, Teco (Adriano) , Lucas e Tinga (Vagner Líbano); Reinaldo Alagoano (Junior Amorim) e Rafael Silva. Técnico: Eduardo Neto.
Santa Cruz
Tiago Cardoso; Tony, Everton Sena, Marllon e Renatinho; Sandro Manoel (Emerson Santos), Everton, Danilo Pires e Carlos Alberto (Betinho); Pingo (Natan) e Léo Gamalho. Técnico: Sérgio Guedes.
Local: Estádio Rei Pelé (Maceió). Arbitragem: Devarly Lira do Rosaio (ES). Assistentes: Edson dos Santos e Fábio Faustino dos Santos (ES). Gols: Tinga, Rafael Silva Reinaldo Alagoano (Santa Rita); Léo Gamalho (2) (Santa Cruz)
Cartões amarelos: Tiago Cardoso (Santa Cruz).
