Sara Bonfim representa a jovem Joseane Eunice e nega que ela tenha participado de agressão
A Central de Polícia foi ‘tomada’ por uma grande confusão na manhã desta quinta-feira, dia 7. Um jovem de 21 anos denunciou um policial militar, identificado como Marcos Antonio Medeiros de Morais, 39 anos, e um elemento não identificado de espancamento e violência sexual. O jovem afirma que foi atraído para um apartamento em Mangabeiras por Joseane Eunice Silva dos Santos, 20 anos, com quem trocava mensagens íntimas e fotos via rede social.
Joseane afirma ser namorada do policial militar e disse que recentemente terminou o relacionamento de um ano, passando a se comunicar com a vítima, para quem enviou fotos íntimas. A jovem, no entanto, teria reatado o namoro com o militar, que é lotado no Batalhão de Polícia Rodoviária, e tentado encerrar seu breve relacionamento com a vítima, quando este – segundo Joseane – teria ameaçado tornar pública as fotos enviadas.
“Contei tudo ao meu namorado (o militar) e decidimos armar um encontro apenas para apagar as minhas fotos do celular dele”, contou a jovem à nossa reportagem. O encontro foi marcado no apartamento de um primo de Marcos Antonio e quando a vítima chegou ao local foi surpreendida pela presença do PM e de outro homem encapuzado.
A vítima afirma ter sido levada para um cômodo, espancada, sofrido violência sexual, além de ter sido fotografado sob ameaça de divulgação. Apesar das ameaças, assim que foi libertada, a vítima procurou a Central de Flagrantes e denunciou todo o caso. O rapaz- que é filho de PM- alega que ainda teve os documentos, o celular e R$ 50,00 roubados. A principal prova do crime é o vídeo feito pelos próprios agressores.
Joseane dos Santos foi detida por volta das 20 horas de ontem (6), ao sair do trabalho e negou ter visto qualquer agressão, alegando ainda que sob a orientação da advogada contou tudo o que sabe. Ainda segundo informações repassadas no local, o militar também foi detido e deve ser encaminhado para a Central.
Ela nega qualquer envolvimento com o suposto furto e tortura e diz que a situação saiu do controle. "Fomos lá apenas para apagar as fotos do celular. Não presenciei nenhuma tortura e não sabia qua haveria uma quarta pessoa de capuz que eu não são quem é," relata a jovem.
A vítima, o jovem de 21 anos, por enquanto terá a identidade preservada, uma vez que não se encontra na Central de Flagrantes.
