Rússia detecta e expulsa submarino americano, dizem agências

EUA e UE aumentaram sanções contra Rússia na semana passada. Ocorrido pode ser sinal das tensões entre Moscou e Washington.

As forças anti-submarino da Frota do Norte da Rússia detectou um submarino estrangeiro em águas de fronteira do país e o expulsou, afirmaram agências de notícias russas neste sábado (9), citando um porta-voz da equipe principal da Marinha do país, sem identificá-lo.

Um submarino estrangeiro, que presume-se ser uma embarcação da classe Virginia da Marinha norte-americana, foi detectado pelas forças da Frota do Norte em serviço no mar de Barents no dia 7 de agosto, disse o porta-voz.

Uma autoridade da Defesa dos Estados Unidos, que falou sob a condição de anonimato, não pode confirmar o incidente e não forneceu comentário sobre a reivindicação russa.

"Um grupo de ataque anti-submarino e aviões anti-submarino Ilyushin Il-38 foram enviados para a referida área para procurar e acompanhar o submarino", disse o porta-voz da Marinha russa, segundo a agência de notícias Interfax.

"As manobras ativas das forças anti-submarino da Frota do Norte expulsaram o submarino das águas de fronteira da Federação Russa."

O ocorrido pode ser o mais recente sinal das crescentes tensões entre Moscou e Washington sobre a crise na Ucrânia.

Na semana passada, os Estados Unidos e a União Europeia (UE) aumentaram as sanções contra a Rússia pela falta de vontade do governo de Vladimir Putin em acabar com os enfrentamentos entre ucranianos e os separatistas pró-russos.

Perguntado sobre o efeito dessas sanções em uma entrevista coletiva, o presidente americano Barack Obama disse que ainda não é possível avaliar quais foram os efeitos das mesmas.

"As sanções estão funcionando conforme o previsto, para fazer pressão na economia russa. Se olharmos para os mercados e para as estimativas em termos de fuga de capitais, se olharmos para as projeções de crescimento da Rússia, o que estamos vendo é que a economia está paralisada", explicou o presidente.

"Além disso, foi apresentada a opção ao presidente Putin de tentar resolver os problemas no leste da Ucrânia através da diplomacia e de outros meios pacíficos, reconhecendo que a Ucrânia é um país soberano", acrescentou Obama.

"Nesse sentido, estamos fazendo exatamente o que deveríamos estar fazendo", reiterou o presidente americano, que também se mostrou agradecido com a parceria de alguns países europeus e do restante do mundo, que se uniram a esse processo.

"Tendo dito tudo isso, o problema ainda não foi resolvido. Ainda há confrontos no leste da Ucrânia. Os civis continuam morrendo", acrescentou.

O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, anunciou uma visita à Ucrânia, a convite de Poroshenko, para avaliar a presença crescente de soldados russos na fronteira.

Por outro lado, Putin também ordenou que sejam proibidas ou limitadas, por um ano, as importações de produtos agrícolas, matérias-primas e alimentos dos países que apoiaram as sanções contra a Rússia por seu papel no conflito ucraniano.

Fonte: Reuters

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