Disciplina e inclusão social: Semel leva judô a comunidades carentes

AssessoriaDisciplina e inclusão social: Semel leva judô a comunidades carentes

Disciplina e inclusão social: Semel leva judô a comunidades carentes

Sem fazer corpo mole, pelo menos 20 minutos antes da aula, sob o olhar de supervisão do professor de judô, os próprios alunos montam o tatame, vestem o kimono – fardamento utilizado para a prática do esporte – e formam uma fila para o “Shidokan”, a saudação inicial em reverência ao criador do judô.

O ritual, antes de começar a sessão de uma hora e meia de teoria, quedas, domínio de golpes, defesa e contra ataque, tem um por quê. Para ser um praticante de judô é preciso, antes de tudo, ter muita disciplina. E ela é trabalhada com os alunos, através de tarefas e avaliações cotidianas, adaptadas e aplicadas ao esporte.

“A gente estimula a saudação, a arrumação da sala e acompanhamos até como eles estão indo na escola, porque tudo isso faz parte desse processo de estímulo de disciplina. E a luta também ensina isso: esse olhar voltado para o emprego do bom comportamento e do respeito dentro e fora do tatame”, explicou o professor de Judô, Fernando Gonçalves.

A rotina é vivenciada três vezes por semana, por 35 meninos divididos em duas turmas. A maioria crianças e adolescentes, com idades entre 7 e 16 anos, em situação de vulnerabilidade social. Eles são assistidos pelo projeto “Viva a Vila”, que oferece várias modalidades esportivas e sessões de reabilitação física, abertas à comunidade.

Há um mês e meio participando das aulas, o adolescente Leonardo Silva, de 16 anos, já demonstra certa intimidade nos golpes. O interesse do estudante do 8º ano pelo Judô foi despertado quando, certa vez, ele assistiu a uma aula da modalidade. “Agora, quero melhorar os golpes e, quem sabe, me tornar um atleta profissional”, revelou Leonardo.

Além de inserir crianças e adolescentes da comunidade no mundo do esporte, a aula de judô também é uma oportunidade para tirar os meninos do ócio num horário contrário ao das aulas, situação que Wellington Juventino vivia há pouco tempo: “Eu ficava em casa sem fazer nada. Não tinha uma atividade depois da aula”, explicou o estudante de 11 anos.

“Durante as aulas, a gente acaba conhecendo um pouco das histórias de vida de cada um desses meninos; muitas delas, difícil e, por isso, a indisciplina. E é em cima da realidade individual, que trabalhamos a disciplina: em cima dos erros e acertos, identificados no comportamento deles”, finalizou o instrutor Fernando Gonçalves.

Lado Social

No início do mês de agosto, a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (Semel) realizou uma doação de 25 kimonos . “A gente sabe que roupa para a prática do Judô é cara, e muitos desses meninos não têm condições de adquirir a vestimenta. Por isso, oferecemos o kimono, entendendo que esses jovens merecem uma oportunidade de ter acesso ao esporte”, ressaltou o titular da Semel, Antônio Moura.

Serviço

As aulas de judô são realizadas todas as segundas, quartas e sextas-feiras, das 8h30 às 10h e das 12h50 às 14h, na Vila Olímpica Lauthenay Perdigão, no Conjunto Village Campestre II, no bairro Cidade Universitária. No local também são realizadas aulas de Pilates, Dança, Vôlei, Futebol de Campo e Salão, Basquete, Ginásticas anaeróbica e localizada e sessões de fisioterapia reabilitadora.

Para participar, o interessado deve comparecer ao local e preencher uma ficha de inscrição. Quem quiser mais informações sobre os dias e horários das modalidades, pode ligar para os telefones 3315-2757 ou 3315-1265.

Fonte: Assessoria

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