O Parque Tecnológico de Alagoas, composto pelos polos agroalimentares de Batalha e Arapiraca, além da Química, do Plástico e Materiais e do Polo de Tecnologia, Informação, Comunicação e Serviços (TICS), acaba de ganhar importante reforço a partir da assinatura, no começo deste ano, do primeiro contrato de financiamento para investimentos no Estado, entre o Governo de Alagoas e a Caixa Econômica Federal (CEF), através do Proinveste, financiado pelo BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico. O valor do contrato é de R$ 522 milhões, dos quais R$ 15 milhões serão destinados para a construção do Polo Tecnológico de Informação, Comunicação e Serviços, uma obra da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), que será erguida em Jaraguá, na mesma localização do Parque Tecnológico de Alagoas e da sede da Secti.
De acordo com o secretário da Ciência, Tecnologia e Inovação de Alagoas, Eduardo Setton, a construção da sede do Polo de TI representa um grande passo do segmento de Tecnologia da Informação para o desenvolvimento de Alagoas. O Governo do Estado, ciente dessa potencialidade, criou o Parque Tecnológico de Alagoas e seus polos e agora investe na obra do espaço físico. Com essa ação, além do trabalho árduo de integração entre os vários setores que envolvem a área, "estamos melhorando a competitividade em TI e já colhendo muitos frutos, a exemplo de prêmios conquistados através de vários projetos alagoanos inovadores, como o Hand Talk, um aplicativo que traduz conteúdos em texto e voz em tempo real para a Libras – língua de sinais utilizada por surdos e mudos, além da tradução simultânea de conteúdos de textos de websites, desenvolvidos por três jovens alagoanos, os quais receberam reconhecimento da ONU – Organização das Nações Unidas, como o melhor aplicativo social do mundo".
O Polo de Tecnologia, Informação, Comunicação e Serviços vai atuar intermediando parcerias, buscando soluções para melhorar o desempenho das empresas alagoanas, tornando-as cada vez mais competitivas e inovadoras, através da integração com as universidades, com os APLs – Arranjos Produtivos Locais, considerando o impacto na realidade social e econômica de Alagoas e o potencial de crescimento a médio e longo prazos, explica o gestor do Polo de TICS, Adeilto Lima, que completa: "desenvolver e customizar softwares adaptados às necessidades específicas junto a parcerias institucionais nacionais e internacionais, entre universidades e centros de pesquisa, transferir tecnologias e internacionalizar empresas e produtos, serão oportunidades exploradas pelo Polo de TICS de Alagoas, isto com o cuidado em preservar e proteger os desenvolvedores locais, dando maior suporte à questão fundamental de registros e patentes".
Um ambiente composto por representantes dos setores público e privado, pessoas, organizações e instituições que juntos contribuirão para que Alagoas tenha às condições necessárias para a criação e instalação de novas empresas de pequeno, médio e grande portes, "o Polo de TICS trabalha com foco nos serviços a serem prestados, na busca de soluções de problemas nos setores que têm potencial de desenvolvimento no Estado, a exemplo da área de metal-mecânica, construção civil, química e plástico, sucroenergética, sucroalcooleira, petróleo e gás, mineração, atendimento às cadeias produtivas locais e, principalmente, na indução do caráter social do Parque, buscando à prestação de serviços nas áreas de educação, agricultura, saúde e segurança pública, criando e integrando tecnologias que possam causar impactos positivos também na área social", ressalta Eduardo Setton.
