Flu vira sobre Macaé com três gols de Michael

Globo.comFluminense comemorando o gol

Fluminense comemorando o gol

Tudo se encaminhava para que Michael, de 20 anos, fosse o único destaque da noite. Com três gols num intervalo de 21 minutos, virou o jogo sobre o Macaé (3 a 1) nesta quarta-feira, em São Januário, e fez o Fluminense assumir a liderança provisória do Grupo B da Taça Rio. Mas o jogo morno, com o menor público de um grande neste Carioca (703 pagantes), foi apimentado pelo drama folclórico de Rhayner.

Assim como já acontecera na vitória sobre o Volta Redonda, na Taça Guanabara, ele recebeu a bola dos companheiros e, mesmo sem treinar, foi escolhido para bater um pênalti. Desperdiçou a chance no segundo tempo, com um chute por cima do travessão, e ampliou sua sina de não marcar um gol há nada menos do que 82 partidas. Rhayner riu após a cobrança, mas provavelmente apenas pelo nervosismo: ao chegar ao vestiário, não evitou as lágrimas.
– Com a atuação que vinha tendo, pediu para cobrar, coisa que ele não treina. Virei para o banco e (pensei): vai ter reprise. Já vi: vai fechar o olho e bater, porque não treina. O torcedor pediu, está no direito, só que fez aumentar para os próximos jogos a responsabilidade. E eu não coloco nele, nem em ninguém. Estava chorando no vestiário. Em vez de estar feliz, saiu de uma maneira como se tivesse feito a pior partida da vida. Não precisava – afirmou o técnico Abel Braga.O resultado deixa o Fluminense com sete pontos, um à frente do Resende, que enfrenta o Duque de Caxias nesta quinta-feira. O próximo duelo é com o Boavista, no sábado, em Moça Bonita. Já o Macaé, que soma três pontos, recebe o Duque de Caxias no domingo.

O Tricolor começou a partida com surpresas na escalação. Abel escalou Diego Cavalieri e Jean, que estavam com a seleção brasileira, e deixou no banco de reservas Deco e Samuel, substituído por Michael.
Michael, iluminado, resolve para o Flu

A partida começou em ritmo cadenciado, fazendo jus à falta de interesse da torcida, que não se esforçou para ir a São Januário (após transferência em caráter de urgência por conta da interdição do Engenhão) em meio ao mau tempo no Rio de Janeiro e o momento sem brilho do time na temporada. Os erros de passe aconteceram em sequência nos primeiros lances. A exceção foi Rhayner, o mais lúcido em campo, atraindo as jogadas perigosas para o lado direito.

O Macaé encaixou duas trocas de bolas perigosas e aos 14 minutos chegou ao gol, num belo chute do zagueiro Douglas Assis, em lance que se iniciou num erro de passe de Jean no círculo central. O Tricolor ergueu a cabeça, foi à luta, melhorou e virou a partida com três gols de Michael. Primeiro, ele roubou a bola, avançou e tocou na saída do goleiro para empatar aos 23 minutos. Em seguida, Jean se redimiu da falha que custou um gol, deu belíssimo toque em profundidade para Wagner, que achou Michael na área. O atacante só escorou: 2 a 1.

O nível ainda era baixo, e o time de Abel Braga jamais empolgou. Mas passou a demonstrar segurança defensiva e anulou o adversário a partir daí. Com paciência, aguardou nova brecha na defesa, que aconteceu aos 44, com o insaciável Michael em chute firme da entrada da área, aproveitando passe de letra de Marcos Junior. Com três gols, ele ultrapassou Fred – que tem dois – na tabela de artilheiros do Carioca.

Rhayner perde pênalti e amplia sina

Na segunda etapa, a bola rolou arrastada. As únicas emoções seriam as oportunidades perdidas por Marcos Junior, no susto, após defesa de Luís Henrique em arremate de Rhayner, e por Diego Macedo, cuja cabeçada parou em Diego Cavalieri em cima da linha. Sem fazer força, o Macaé não incomodou o Fluminense, que trocava passes com tranquilidade, e pareceu aceitar a derrota. As alterações do técnico Toninho Andrade não surtiram efeito.

Mas eis que um pênalti polêmico aos 30 minutos encerrou o clima sonolento e voltou as atenções para Rhayner. O meia-atacante, que não marca um gol há dois anos, sofreu a falta na área ao forçar um choque com Diego Macedo. Recebeu a bola e se preparou para cobrar, enquanto Abel se virava para o banco de reservas e esboçava um sorriso, com receio de que um novo erro pudesse piorar a situação. Chutou por cima do gol e aumentou o jejum.

Fonte: Globo.com

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