Sertanejos ameaçam saquear estabelecimentos em Alagoas

Os trabalhadores rurais do sertão e agreste alagoano alertam para uma possível realização de saques, na região, caso o Estado não lhes garantam uma assistência para o enfrentamento da seca que é considerada a pior dos últimos 30 anos. O alerta foi feito ao governador Teotonio Vilela Filho em uma audiência na manhã desta segunda-feira, 8, no Palácio República dos Palmares, em Maceió.

Uma comissão do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Campo (MTC) foi recebida pelo governador e responsáveis pela questão agrária após uma mobilização no município de Arapiraca, a 120 km da capital, no último dia 20 de março. Na ocasião, cerca de 500 camponeses ocuparam a Governadoria do Agreste e só saíram do local depois da garantia do secretário de Articulação Social, Claudionor Araújo, de uma audiência com o governo do Estado.

Para o coordenador do MTC, Adriano Ferreira, os agricultores precisam do básico para uma sobrevivência digna enquanto sofrem os impactos da seca. Ele ainda cobrou distribuição de cestas básicas para as famílias que estão sendo atingidas pela catástrofe. “As famílias precisam se alimentar. As cestas básicas as ajudaram no sustento daquela população”, justificou.

Outro problema debatido durante a reunião foi à instalação de cisternas nos lares sertanejos. O secretário adjunto de Estado da Agricultura garantiu uma assistência em relação ao assunto, mas destacou que há muitas burocracias nos tramites. Já o secretário de Estado de Recursos Hídricos garantiu a perfuração de poços artesianos na região.

“Queremos evitar os saques nos municípios. Uma vez que as famílias estão sofrendo a pior seca dos últimos 30 anos e por esta razão é que queremos uma garantia de dignidade para as famílias dos trabalhadores e trabalhadoras para que não sejam levados a fazerem esta atitude”, concluiu Adriano Ferreira.

Fonte: Ascom

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