Médicos ratificam greve e ambulatórios 24 horas continuam sem atendimento

Alagoas24horasWellington Galvão, presidente do Sinmed

Wellington Galvão, presidente do Sinmed

Os médicos dos ambulatórios 24 horas de Alagoas – em greve há quatro meses – reforçaram a mobilização e anunciaram na manhã desta quinta-feira, 11, que permanecerão com os braços cruzados. O presidente do sindicato da categoria, Wellington Galvão, afirmou ao Alagoas24horas que diferentemente do anunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE), a ‘greve não está matando as pessoas e sim o Estado’.

No mês passado, o promotor de Justiça Sidrack Nascimento apontou que um dos motivos que levou à morte a uma dona de casa no ambulatório 24 horas do Tabuleiro dos Martins foi a greve dos médicos. “Essa greve está matando gente, a mulher chegou com fortes dores no peito e lhe foi negado o socorro e mesmo assim não foi encaminhada para outro local”, afirmou o promotor.

De acordo com Galvão, quem está matando as pessoas é a falta de sensibilidade da Secretaria de Estado da Saúde. “Que não valoriza o profissional, nem cuida da rede de saúde, uma vez que antes da greve a unidade não tinha médicos nos fins de semana. E antes da greve dos 20 médicos, 17 haviam pedido demissão da unidade. Então não é a greve é a Sesau”, reforçou.

Galvão destacou ainda que os profissionais que aderiram à greve vêm sendo perseguidos pela secretaria que ameaçam demissão após o retorno às atividades. “Cumprimos uma greve dentro da lei, estabelecendo os 30%, mas eles vêm ameaçando demissão, por esta razão continuaremos em greve e só voltamos quando tiver uma valorização profissional”, reforçou.

Ajuda Nacional

Wellington Galvão destacou ainda que as negociações no Estado não avançam e que a categoria está buscando soluções no Congresso Nacional. “Estivemos em Brasília e nos reunimos com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB) na tarde de ontem (10) e eles nos garantiu encontrar uma saída, com o governo e com o Ministro da Saúde”, destacou.

Ainda de acordo com Galvão, o governo alega que o problema da saúde se dá em relação ao repasse. “Então vamos solicitar ao ministro da Saúde um aumento dos repasses, só assim queremos ver qual será a desculpa do governo”, concluiu.

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