Ney Franco
O União Barbarense não é o Atlético-MG. O Campeonato Paulista não é a Libertadores. Mas o São Paulo aproveitou o jogo desta quarta-feira para desenhar o time que irá decidir o seu primeiro semestre no torneio continentalContando com os desfalques de Rogério Ceni, poupado, e Denílson, em viagem na Inglaterra para resolver problemas particulares, o técnico Ney Franco escalou praticamente a mesma equipe que deverá enfrentar os comandados de Cuca na semana que vem, ganhou por 2 a 1 e assegurou a liderança do estadual com duas rodadas de antecedência.
Jadson e Luis Fabiano, ausentes nesta quarta-feira, também não enfrentam o Atlético-MG por estarem suspensos na competição sul-americana.
Com a vitória em Santa Bárbara D’Oeste, o São Paulo chegou a 41 pontos e não pode mais ser alcançado no primeiro lugar pelos adversários. A Ponte Preta é segunda colocada com 34. Na briga contra o rebaixamento, o Barbarense permanece com 13 pontos.
O time tricolor volta a campo contra o XV de Piracicaba, no sábado, no Morumbi. A equipe do interior recebe o Santos no mesmo dia.
O jogo
Na falta da criatividade, São Paulo e União Barbarense apostaram na bola parada no primeiro tempo. Logo aos 5 minutos, Alex bateu falta, ficou com o rebote e quase surpreendeu Dênis da intermediária.
Faltou sorte ao lateral dos donos da casa. Faltou também ao tricolor Thiago Carleto. Em combinação pela esquerda, ele recebeu passe com espaço e resolveu arriscar. Walter foi obrigado a sair do chão para espalmar a bola para escanteio.
No lance seguinte, aos 16 minutos, Carleto apareceu mais uma vez bem. Em cobrança de falta fechada, a zaga do Barbarense desviou para trás e acertou a trave.
Aos 25 minutos, Alex respondeu o lateral são-paulino e forçou Dênis a realizar grande defesa e mandar para escanteio. Na cobrança, o time do interior abriu o placar. Em falha da defesa tricolor, Cesinha ficou com a sobra, tentou uma vez e acertou na segunda para fazer um bonito gol de esquerda.
Com Paulo Henrique Ganso praticamente sumido em campo, a equipe do Morumbi confiava nas descidas de Carleto para levar perigo à meta de Walter.
Em novo cruzamento do atleta agora efetivado como titular, Aloísio aproveitou e escorou de cabeça a falta batida aos 40 minutos. Antes do empate em 1 a 1, Rafael Tóloi deixou o gramado lesionado e foi substituído por Edson Silva.
O ritmo da partida não mudou na segunda etapa. A expulsão de Aloísio com apenas 3 minutos, após retardar um lance, quase forçou o tricolor a recuar. Não houve tempo para digerir o segundo cartão amarelo do atacante, no entanto.
Aos 9 minutos, Douglas bateu escanteio na área, a bola resvalou no zagueiro Cesar e entrou, dando a vantagem de 2 a 1 ao São Paulo no marcador.
Depois de sofrer a virada, o União Barbarense adiantou o sistema ofensivo e tentou pressionar. A equipe acabou dando mais espaço para as escapadas de Osvaldo e Douglas pelos lados.
O time comandado por Ney Franco, contudo, descia apenas na boa. Com quase todos os jogadores em seu próprio campo, restou aos tricolores afastar da defesa as bolas alçadas por Alex e Cesar.
Osvaldo ainda teve a chance de aumentar o placar para 3 a 1 após marcação contestada de pênalti em Ganso. O atacante partiu para a cobrança, mas chutou à meia altura, facilitando a vida de Walter.
FICHA TÉCNICA:
UNIÃO BARBARENSE 1 X 2 SÃO PAULO
Local: Estádio Antônio Lins Ribeiro Guimarães, em Santa Bárbara D’Oeste (SP)
Data: 10 de abril de 2013 (quarta-feira)
Horário: 19h30 (de Brasília)
Árbitro: Adriano de Assis Miranda (SP)
Assistentes: Fausto Augusto Viana Moretti e Risser Jarussi Corrêa
Cartões amarelos: Camacho, Alex e Cláudio Britto (Barbarense); Lúcio, Carleto, Douglas e Aloísio (São Paulo)
Cartão vermelho: Aloísio (São Paulo)
GOLS: UNIÃO BARBARENSE: Cesinha, aos 25 minutos do primeiro tempo
SÃO PAULO: Aloísio, aos 41 minutos do primeiro tempo, e César (contra), aos nove minutos do segundo tempo
UNIÃO BARBARENSE: Walter; Camacho, Hélio e Bruno Pires (Júlio); Alex, Cláudio Britto, Edilson, Guilherme Batata (Diogo) e César; Caihame e Cesinha
Técnico: Claudemir Peixoto
SÃO PAULO: Denis; Paulo Miranda, Lúcio, Rafael Toloi (Edson Silva) e Thiago Carleto (Cortez); Wellington, Fabrício, Douglas (Ademilson)e Paulo Henrique Ganso; Osvaldo e Aloísio
Técnico: Ney Franco
