Galo atropela o Cruzeiro e fica muito próximo do bicampeonato

Globo.comAtlético-MG

Atlético-MG

Um estava invicto no Independência, há 33 jogos. O outro estava invicto na temporada, com 14 vitórias e um empate. Quem, por esse retrospecto, esperava um jogo esquilibrado, repleto de chances para os dois lados, cheio de gols das duas equipes, se enganou. Atlético-MG e Cruzeiro se enfrentaram neste domingo, no Independência, na primeira partida da decisão do Campeonato Mineiro. E o que se viu foi apenas uma equipe em campo, que dominou o rival, teve oportunidades incríveis e venceu por 3 a 0. Após a vitória sobre o São Paulo, por 4 a 1, na última quarta-feira, pela Taça Libertadores, o Galo ratificou a grande fase vivida na temporada e não tomou conhecimento do adversário. Jô, no primeiro tempo, e Tardelli e Marcos Rocha, no segundo, marcaram os gols da vitória alvinegra, que só não foi maior pela infelicidade dos atacantes, que desperdiçaram chances incríveis. O placar ficou barato para o Cruzeiro, que podia ter sido goleado impiedosamente, até mesmo pelo fato de o time celeste ter atuado com um jogador a menos por quase todo o segundo tempo, já que Bruno Rodrigo foi expulso.

Ronaldinho Gaúcho, mais uma vez, comandou o Galo. Antes do jogo, esteve com a mãe, Dona Miguelina, e, assim que o juiz apitou o início da partida, com passes precisos, colocou os companheiros na cara do gol e se tornou o verdadeiro pesadelo dos zagueiros celestes. Os dois primeiros gols partiram dos pés do craque alvinegro. A torcida atleticana, em grande maioria no estádio, já que apenas 10% dos ingressos foram destinados ao torcedor cruzeirense, vibrou muito, empurrou o time e não acreditou nos lances perdidos no ataque. Mesmo assim, aos gritos de "é campeão", "é campeão", comemorou muito. O público foi de 19.442 pagantes, com R$ 704.210,00 de renda.

– Temos que continuar respeitando o adversário. Mas melhoramos. Não fizemos como na Libertadores, quando deixamos para o segundo jogo. Estou muito feliz pela atuação da equipe e pela minha própria atuação – afirmou Ronaldinho Gaúcho.

A arbitragem foi um capítulo à parte. Os atleticanos reclamaram muito de Luiz Flávio Oliveira, que não teria marcado três pênaltis para o Galo, no primeiro tempo. No segundo, expulsou Bruno Rodrigo, aos 8 minutos, e facilitou a vida para o alvinegro. O árbitro, com cãimbras, na segunda etapa, teve que deixar o campo e foi substituído por Pablo Santos, que conduziu a partida nos últimos 15 minutos.

Com o resultado, o Galo poderá até perder por dois gols de diferença, na próxima partida, que, mesmo assim, garantirá o título mineiro, o segundo consecutivo. As duas equipes voltarão a se encontrar no domingo, dia 19, às 16h (de Brasília), no Mineirão. A torcida do Cruzeiro será maioria no estádio, com 90% dos ingressos. Aos torcedores do Galo restarão 10%.

Ficou barato

Mesmo no Independência, o Cruzeiro começou melhor e pressionou bastante. Porém, foi uma falsa impressão, por apenas cinco minutos. A partir daí, só deu Atlético-MG. O Galo passou a se impor, criou inúmeras chances de gol e somente não goleou por falhas nas finalizações. Foram pelo menos seis oportunidades claríssimas de marcar. Fábio, feito um louco, cobrava mais empenho da defesa cruzeirense, completamente perdida em campo. Ronaldinho, com extrema liberdade, conduzia o Atlético-MG sobre o rival.

O primeiro gol do Galo saiu aos 14 minutos. Everton, pela esquerda, tinha a bola dominada, mas bobeou e perdeu para Marcos Rocha. Com a defesa desarrumada, o Atlético-MG aproveitou. O lateral alvinegro tocou para Ronaldinho, que, de primeira, encontrou Jô, dentro da área. O atacante dominou com a direita e tocou com a esquerda, para o fundo das redes de Fábio.

Os atleticanos ainda reclamaram de três penalidades não marcadas pelo árbitro Luiz Flávio Oliveira. Em pelo menos dois lances, tinham razão. No primeiro, Ronaldinho foi agarrado por Ceará, mas levou vantagem e finalizou. No segundo, Bruno Rodrigo segurou a camisa de Réver, em uma cobrança de escanteio.

Título garantido?

Insatisfeito, Marcelo Oliveira fez duas alterações no intervalo. Punidos com cartões amarelos, Everton e Éverton Ribeiro deixaram o campo, para a entrada de Egídio e Ricardo Goulart. A intenção também era corrigir os problemas do primeiro tempo, já que os dois foram muito mal. O Cruzeiro até tentou, mas o Galo continuava melhor.

Aos 8 minutos, em um contra-ataque puxado pelo goleiro Victor, Ronaldinho Gaúcho dominou de costas para o gol, girou sobre Bruno Rodrigo e foi derrubado. Falta marcada e cartão amarelo aplicado. Como já havia sido advertido no primeiro tempo, foi expulso. Com um a menos, o que era difícil ficou praticamente impossível. O treinador celeste tirou Dagoberto para a entrada de Paulão, que recompôs a zaga.

Mesmo em inferioridade, o Cruzeiro assustou. Aos 14 minutos, Diego Souza, da intermediária, soltou uma bomba. A bola explodiu na trave esquerda de Victor, que já estava batido. Mas foi um lance isolado. O Galo continuou soberano em campo e mais próximo do segundo gol.

E, aos 26 minutos, o Atlético-MG aumentou a vantagem. Ronaldinho Gaúcho, de novo, pela direita, cruzou para a área. Jô ganhou a disputa com Paulão, e a bola sobrou para Diego Tardelli, que fuzilou, sem dó nem piedade: 2 a 0.

Na sequência, aos 33 minutos, já com o Cruzeiro completamente batido, o Galo chegou ao terceiro. Tardelli cobrou da direita, Jô cabeceou na trave, e, no rebote, Marcos Rocha, o mesmo que havia feito um gol contra, na estreia das duas equipes na temporada, de primeira, estufou as redes celestes. O Galo praticamente garantiu o título.

Fonte: Globo.com

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos