‘Não há como rever a decisão’, diz Renan com relação a prazo de MPs

Decisão de não votar MPs não atrapalha relação do PMDB com Dilma, diz Renan
Decisão de não votar MPs não atrapalha relação do PMDB com Dilma, diz Renan

O presidente do Senado, Renan Calheiros, afirmou nesta quarta-feira (29) que "não há possibilidade" de rever a decisão relacionada à leitura da Medida Provisória 601/2012, que amplia os setores beneficiados com a desoneração da folha de pagamentos, e da MP 605/2013, que assegura a redução da tarifa de energia elétrica. Com isso, ambas devem perder a validade na próxima segunda-feira (3), sem ser votadas no Senado.

Renan Calheiros confirmou que mantém o acordo com os líderes partidários, de que medidas provisórias que cheguem à Casa com menos de sete dias de prazo não sejam recebidas.

– Não há como rever a decisão. Havia anteriormente um compromisso e nós não tínhamos como não cumpri-lo – argumentou Renan.

Ao final da discussão, já nesta madrugada, Renan Calheiros acatou recurso de senadores da base do governo solicitando o exame, pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), de sua decisão de não votar a MP. Na prática, contudo, não deverá haver tempo hábil para votação das medidas provisórias.

Assim, o presidente do Senado disse acreditar que o caminho será o governo avaliar a possibilidade jurídica de reeditar as MPs 601/2012 e 605/2013, para que sejam mantidos seus efeitos e passem por novo exame no Congresso.

– Aproveitei a oportunidade para mais uma vez [durante a sessão plenária] mostrar que a economia não teria prejuízo, os setores não teriam prejuízo e que a solução seria dada pela presidente da República. Mas, na defesa do papel constitucional do Senado, não havia outra coisa a fazer se não deixar de ler as medidas provisórias – acrescentou.

PMDB e Dilma

Ao ser questionado se a dificuldade de votação de medidas provisórias dentro do prazo no Congresso seriam uma forma de o PMDB tentar "complicar a vida" da presidente da República, Dilma Rousseff, Renan Calheiros negou.
– Muito Pelo contrário. A presidente tem tido todo o apoio do Congresso. Continuará tendo. Fiz questão de indicar o caminho da solução. As pessoas que estão próximas da presidente precisam ter um pouco a dimensão do funcionamento das instituições – observou.
Renan Calheiros também negou qualquer desgaste da relação PMDB-PT.
– A presidente sabe que ela conta com o meu incondicional apoio. Não houve desgaste.

Fonte: Agência Senado

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