Alunas do IFAL apresentam projeto inovador de construção civil nos Estados Unidos

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Um projeto alternativo de construção civil saído das salas de aulas do Câmpus Palmeira dos Índios do Instituto Federal de Alagoas (IFAL) vai percorrer o mundo afora. E a primeira parada foi os Estados Unidos, mais precisamente, a cidade de Oswego, no estado de Nova Iorque. A autoria do projeto é das alunas do curso de Edificações, Samantha Mendonça e Taísa Tenório e o título do projeto é “Estudo da Incorporação de Cinza no Bagaço da Cana-de-Açucar em Formulações para Tijolos Solo-Cimento”, cuja orientação é da professora Sheyla Marques.

As alunas estão participando até sexta-feira (21 de junho), da etapa final daGenius Olympiad, evento vinculado à área ambiental e que selecionou quatro brasileiros para apresentação de trabalhos de pesquisa. Samantha Mendonça e Taísa Tenório vão expor o projeto durante 15 minutos e responderão as perguntas dos julgadores. O que proporcionou a ida das estudantes ao país de primeiro mundo foi premiação na Mostratec, evento realizado no ano passado no Rio Grande do Sul.

Segundo a professora-orientadora, Sheyla Marques, o projeto teve como base uma tese de doutorado desenvolvida por ela na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, pela qual óleo queimado, misturado a areia e argila resultaria em um material com a mesma resistência do cimento aplicado em construção civil. No laboratório do Câmpus do IFAL de Palmeira dos Índios, a experiência foi realizada com as cinzas do bagaço de cana-de-açúcar, adquirida em uma usina alagoana e, para a surpresa, das alunas pesquisadoras, a resistência foi maior do que o próprio cimento.

Pela conclusão da pesquisa pode-se afirmar que os tijolos solo-cimento com adição da cinza do bagaço de cana-de-açúcar, tornam-se uma alternativa sustentável por estar substituindo de forma parcial o cimento Portland que é responsável por emitir dióxido de carbono para atmosfera, agravando assim o efeito estufa. Estes tijolos terão seu custo barateado e não precisarão de mão de obra qualificada no momento de sua fabricação, além de eliminarem o processo de queima comum aos tijolos convencionais.

Para a estudante Samantha Mendonça, a pesquisa é importante por ser um projeto inovador tanto para questão da sustentabilidade quanto para a construção civil. Aos 18 anos, a aluna do Câmpus de Palmeira dos Índios tem a primeira oportunidade de fazer uma viagem ao exterior e, melhor ainda, levar a “tiracolo” um projeto de pesquisa que pode receber menção honrosa internacional. “Nunca passou pela minha cabeça esta condição, antes de me envolver com pesquisa, ainda mais pela chance de visitar outros países como Costa Rica, Paraguai e Emirados Árabes”, destacou a aluna.

Fonte: Departamento de Comunicação e Eventos - IFAL

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