Uruguai vence Nigéria e se aproxima da vaga

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Era apenas o primeiro jogo entre Nigéria e Uruguai na história do futebol. Jamais as seleções haviam se encontrado, seja em amistosos ou competições oficiais. Um paradoxo se comparado com a carreira de Diego Forlán na tradicional equipe celeste. O camisa 10 entrava em campo pela 100ª vez defendendo as cores de seu país. E foi o protagonista na vitória dos uruguaios por 2 a 1, que deu boas chances de classificação para o time sul-americano. Protagonista de um filme praticamente repetido, só que de outra nacionalidade. Afinal, na primeira rodada da Copa das Confederações, o veterano Pirlo havia atingido cem partidas pela Itália e se transformado em herói. E o que se viu em campo foi de uma semelhança que poderiam dizer ter sido roteiro plagiado.

Contra o México, a Itália saiu na frente, viu os rivais empatarem e venceu a partida por 2 a 1. Pirlo saiu como o cara do jogo, marcando um golaço. Pois bem. Com o script nas mãos, Forlán tratou de segui-lo. Viu Lugano abrir o placar para o Uruguai e Obi Mikel empatar para a Nigéria ainda no primeiro tempo. Era o momento de entrar em cena e ser decisivo. Não foi de falta, como o italiano. Mas foi um golaço. De canhota, o jogador do Internacional acertou um chute de rar precisão que deu a vitória para a Celeste.

Aos uruguaios, basta torcer para que a Nigéria não conquiste um resultado surpreendente, que seria uma vitória sobre a Espanha. Afinal, sair da partida contra o Taiti – que sofreu goleada de espanhóis e nigerianos – sem vitória, na última rodada, é algo que não deve passar na cabeça de qualquer seleção que almeje um final feliz na Copa das Confederações. A classificação está próxima.

Lugano, de heroi a vilão

Como tem acontecido nos jogos que não envolvem o Brasil na Copa das Confederações, a torcida elegeu a seleção menos tradicional – no caso, a Nigéria – para apoiar. Os uruguaios, no entanto, pareceram não ligar para o apoio do torcedor e partiram para o ataque no início da partida. Em menos de cinco minutos, já tinha criado duas oportunidades de gol e impedia os nigerianos sequer de passarem do meio-campo.

Sem conseguir o gol no início da partida, a pressão uruguaia foi se esvaindo e a Nigéria passou a comandar as ações do jogo. O goleiro Muslera se mostrava um tanto inseguro e quase engoliu um frangaço após cobrança de falta de Ideye. O arqueiro tentou encaixar a bola e a deixou passar, mas teve tempo de se recuperar e buscá-la antes que ultrapassasse a linha do gol. O lance animou os nigerianos, que passaram a chegar com muito perigo.

E, justamente quando a Nigéria era melhor, o Uruguai marcou o primeiro. Forlán cobrou escanteio, a defesa afastou e a bola voltou para seus pés. O jogador do Internacional desta vez cruzou rasteiro. Cavani tentou completar de letra, mas furou. Por sorte, o lance serviu de corta-luz para Lugano. Como a bola que procura o craque, o zagueiro tocou de canela, meio sem jeito, e mandou a bola para o fundo da rede.

Lugano, no entanto, estava longe de ser "craque" na noite desta quinta-feira. Atabalhoado, o zagueiro cometeu muitas faltas bobas e, em certos momentos, foi violento. E, em cima dele, surgiu o gol de empate da Nigéria. Após ótima troca de passes rasteiros no ataque, Obi Mikel recebeu dentro da área e pedalou. Por pouco, Lugano não caiu para trás. O camisa 10 da Nigéria passou batido e bateu colocado, no ângulo. Justiça no placar do primeiro tempo.

A exemplo de Pirlo, Forlán vira herói no centésimo jogo

O filme do primeiro tempo se repetiu no segundo. Mas, desta vez, sem a pressão uruguaia logo no início. A Nigéria começou melhor, ensaiou um sufoco mas, aos seis minutos, o Uruguai ficou em vantagem novamente. Suárez roubou bola no meio-campo e logo entregou para Cavani que, de primeira, achou Forlán entrando na área pelo lado esquerdo. O camisa 10 da Celeste não quis saber. Só arrumou o corpo e chegou soltando a canhota. A bola saiu como uma bala e morreu no ângulo do goleiro Enyeama, que nada pôde fazer. Golaço de Forlán, que completava 100 jogos com a camisa celeste, o primeiro jogador uruguaio a atingir tal marca. Foi também o 34º gol dele pela seleção
O jogo passou a ficar mais feio, pegado. A Nigéria sentiu o golpe e atacava desordenadamente. Bem postado na defesa, o Uruguai estava atento para decidir o confronto nos contra-ataques. Lembrava bem o estilo de jogo que ficou marcado na Copa do Mundo de 2010 e na Copa América de 2012, sempre com muita marcação e um ataque fulminante.

Um dos astros da companhia de frente, porém, estava com o pé descalibrado. Suárez era pura correria. Forlán dava o toque de classe. E Cavani, desta vez, desafinou. Foram ao menos duas chances claras desperdiçadas no segundo tempo, ambas saídas dos pés de Forlán. Na primeira, recebeu lançamento cirúrgico e partiu sozinho, mas bateu torto e mandou a bola longe. Depois, já aos 30 minutos, o camisa 10 cobrou falta ensaiada na cabeça do centroavante, que cabeceou muito mal e mandou para fora.

Jogando com o relógio em vista, o Uruguai passou a parar o ímpeto nigeriano com faltas. Lugano, inclusive, recebeu cartão amarelo e está fora do confronto diante do Taiti, na próxima rodada. Arévalo também estava empenhado em parar as jogadas do rival. Para reforçar a defesa, Tabárez tirou Suárez e colocou o zagueiro Coates. A substituição gerou vaias dos torcedores, que não gostaram da postura defensiva do treinador uruguaio.

Aos 35, Coates cometeu falta dura em Musa, próximo à area do Uruguai. Tensão. Muslera demonstrava tensão. Mas o cruzamento não levou perigo. Alívio. Até o fim do jogo, o panorama foi de Nigéria rondada a área uruguaia, mas a defesa estava sólida, intransponível. E o ataque desperdiçando chances. No entanto, nada de novo até o apito final. A classificação uruguaia está encaminhada

Fonte: Globo.com

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