O Ministério Público de São Paulo entrou com uma ação na Justiça pedindo que as empresas de ônibus da cidade paguem aos cofres municipais uma indenização de R$ 30 milhões. Para o MP, o pagamento é uma punição pelos danos morais coletivos que a má qualidade do serviço estaria causando aos moradores da capital. O Consórcio 4 Leste é tido como o que oferece a pior qualidade no transporte paulistano.
O pedido de indenização corre na Fazenda Pública do Estado de São Paulo e é parte de um processo civil movido pelo MP contra praticamente todas as empresas de ônibus da cidade. Elas são acusadas de investir em benefício dos donos o dinheiro que deveria ser usado na manutenção e ampliação adequadas do sistema.
Segundo o promotor Saad Mazloum, autor da ação, o valor de R$ 30 milhões é uma maneira de trazer de volta parte da verba que teria sido desviada. “Quem depende de ônibus em São Paulo sofre, e muito. A indenização é para cobrir esse sofrimento”, disse.
Defesa nega/ O advogado do Consórcio 4 Leste, Paulo Iasz de Morais, disse serem “infundadas” as acusações feitas pelo MP. Segundo ele, toda planilha de custeio das três empresas que formam o consórcio foram “lançadas corretamente”. “Nada foi feito de modo aleatório.”
Sobre o pedido de indenização por danos morais coletivos, Iasz disse “ser desnecessária”. “A mesma ação do MP pediu o bloqueio dos bens dos proprietários das empresas, negado após liminar, o que mostra que estamos no caminho certo”, afirmou. O advogado também negou que o grupo ofereça serviço de má qualidade. A Viação Ambiental, integrante do consórcio, moveu ação contra a Prefeitura pedindo indenização de R$ 14,5 milhões por supostos prejuízos causados pelo governo municipal.
