A madrugada de segunda para terça-feira em frente ao Hotel Caesar, onde o Olimpia está hospedado em Belo Horizonte, não foi tranquila, pois torcedores do Atlético-MG soltaram fogos de artifício e fizeram muito barulho. A situação fez com que a delegação paraguaia criticasse a atuação da Polícia Militar e até pensasse em mudar de habitação, inclusive indo ao CT do Cruzeiro.
O assessor jurídico do Olimpia, Raúl Pintos, pegou pesado com a PM mineira e disse até que foi cogitada a mudança de hotel. "A delegação amanheceu bem, apesar dos incidentes da madrugada. Foi frouxo o procedimento e o desempenho da polícia militar. Nós iremos à delegacia de polícia para fazer nossa denúncia sobre esses incidentes", afirmou o dirigente ao Canal 13 do Paraguai.Raúl Pintos falou que cerca de 35 torcedores estiveram fazendo barulho em frente ao Hotel Caesar e reclamou da segurança. "Foi mínimo o controle, prometeram fechar com barreiras por pelo menos duas quadras o hotel", revelou o assessor jurídico, nesta terça-feira. "Pensamos em múltiplas opções, como troca de hotel, a segurança não se pode negociar."
O técnico do Olimpia, Éver Hugo Almeida, tentou minimizar a situação, afirmou que os jogadores dormiram bem e falou que até o CT do Cruzeiro foi oferecido para abrigar a delegação, mas disse que os paraguaios seguirão no mesmo hotel.
"Nos ofereceram outro lugar, a sede de concentração do Cruzeiro, mas decidimos ficar neste hotel. Que te atirem bombinhas não é nada, que te atirem fogos é outra coisa, por sorte colocamos fones de ouvido", falou o treinador à rádio 780 AM.
"Se atiram bombas, colocaremos fones, e pronto. A terceira ou quarta bomba, você já não ouve", garantiu. Questionado sobre a possível mudança de habitação, Almeida explicou: "Pensamos em trocar de hotel, porque este ficou cheio."
"Não quero criar um ambiente de instabilidade, quando não é para tanto. Os jogadores estão bem em seus quartos", assegurou o ex-goleiro, campeão da Libertadores duas vezes pelo Olimpia.