Marcha das Vadias/AL convoca todos a refletirem e lutarem contra violências contra as mulheres
A Marcha das Vadias em Alagoas, entra em sua 2º edição este ano. Durante os encontros de preparação pré-marcha, foram discutidos temas relacionados à situação da mulher no Brasil e no mundo. O machismo, homofobia, violência contra a mulher e o Estatuto do Nascituro (PL 478/07) estiveram em pauta, ao longo das discussões, para decidir as bandeiras defendidas durante o ato.
No dia 18 de agosto, às 13h, com concentração no Posto 7 (P7), na Jatiúca, a Marcha das Vadias/AL percorrerá a Orla de Maceió para denunciar a violência sexual, psicológica e doméstica que as brasileiras sofrem, em especial as que moram em Alagoas, estado com o maior índice de violência contra a mulher.
Durante o ato, as mulheres alagoanas exigirão do Governo Federal mais verbas para politicas públicas realmente eficientes, aborto seguro para não morrer, o direito de decisão ao próprio corpo, a não aprovação do Estatuto do Nascituro, a não culpabilização da vítima de violência sexual, pois a culpa do crime não é da mulher ou da roupa que ela usa, mas do estuprador que resolve cometer o abuso sexual. Na esfera municipal e estadual, nós, mulheres, exigiremos do governo mais creches e mais delegacias especializadas no atendimento a mulher e casas abrigo para as vítimas de violência, para que a Lei Maria da Penha seja cumprida.
No inicio deste mês a MdV/AL lançou a Carta das Mulheres Alagoanas () em repúdio ao Deputado Givaldo Carimbão que propôs, no Estatuto do Nascituro, a tipificação do aborto como crime hediondo e refutando o Estatuto do Nascituro como um retrocesso nos direitos da mulher, pois entre tantos absurdos, o estatuto, caso efetivado, proibirá a discussão sobre o aborto e permitirá ao estuprador o direito de registrar como pai a criança que nascer de um estupro
