ALE: Mesa Diretora entrega síntese de defesa a parlamentares

João Henrique Caldas (PTN) criticou a Mesa Diretora por não ter recebido a síntese dos documentos.

A semana no Parlamento alagoano começou com mais uma discussão sobre as denúncias de irregularidades na folha de pagamento da Assembleia Legislativa. Na sessão desta terça-feira, 13, o deputado João Henrique Caldas (PTN) criticou a Mesa Diretora por não ter recebido a síntese de documentos enviados ao Ministério Público, que justificariam a movimentação financeira do Poder Legislativo.

Para o deputado JHC, que denunciou a suposta fraude, é preciso que as instituições sérias façam alguma coisa pela sociedade alagoana. “Essa síntese de documentos não traz nada que possa aliviar nossas incertezas. Esta ação foi movida devido à omissão e negligência da Mesa Diretora ao negar acesso as informações”, disse, acrescentando toda a trajetória por ele percorrida para chegar à movimentação financeira da Casa.

Para JHC, o documento entregue pela Mesa aos deputados foi uma forma de “desmoralizar” o teor do documento que reuniu com base em fundamentação jurídica. O deputado voltou a defender a análise aprofundada das denúncias que estão no Ministério Público e pediu que os pares ajudassem a passar a Assembleia a limpo.

Em aparte, o deputado Judson Cabral (PT) voltou a criticar o posicionamento da Mesa Diretora acerca da falta de reação às denúncias. “Não podemos deixar de ter resposta. Se ela não vem, é natural a reação”, ressaltou o deputado que chegou a dizer que os fatos levam a crer que o caso é de polícia.

Desistência

O deputado Temóteo Correia (DEM) também pediu aparte. Desta vez para se pronunciar contrário à criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que havia defendido na semana passada. “Como vamos inventar isso de CPI? Deputado não pode julgar deputado porque não tem isenção”, justificou após classificar a CPI como natimorta.

E continuou: “Vossa excelência não tem estrutura para analisar a folha de pagamento da ALE. Vai pensar ao seu bel prazer. Isso não está correto. O Ministério Público é quem deve analisar de forma linear o caso. Não tem estrutura de auditoria para ver com veracidade como as coisas se comportam. A CPI vai desafiar o Ministério Público que tem que se debruçar com seriedade, doa a quem doer”, concluiu Correia.
Já o deputado Olavo Calheiros (PMDB), que sugeriu a criação da CPI, voltou a defender a investigação no parlamento. “Não entendo como o Poder Legislativo, que tem como pressuposto investigar, se recusa a isto, mesmo já sendo algo de investigação por outros poderes”, alfinetou.

“A omissão do poder é gravíssima. Nesse momento tínhamos que ser os primeiros a dar uma resposta à sociedade”, completou Calheiros.

Mesa Diretora

O presidente da Casa, deputado Fernando Toledo (PSDB), concedeu mais 15 minutos de sessão para que as inscrições fossem encerradas. Na oportunidade, o presidente reforçou que os documentos solicitados foram entregues ao MP e que a nota entregue aos parlamentares teria ‘incomodado profundamente’. Ele justificou que o resumo de seu em função do volume do documento e completou: “o que entregamos tem todas as respostas. Tem conteúdo”, finalizou.

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