Família de jovem morta por tubarão quer indenização e telas de proteção para evitar novos ataques

Reprodução FacebookBruna da Silva Gobbi, de 18 anos, morreu após ser atacada por um tubarão na praia de Boa Viagem

Bruna da Silva Gobbi, de 18 anos, morreu após ser atacada por um tubarão na praia de Boa Viagem

A mãe de Bruna da Silva Gobbi falou pela primeria vez sobre a morte da filha atacada por um tubarão em uma praia de Pernambuco. Josete Nascimento da Silva reclamou da negligência dos primeiros-socorros à filha e disse que vai entrar com um pedido de indenização contra o governo do Estado.

Além de uma indenização por danos morais e materiais, o objetivo da família é interditar a praia de Boa Viagem até que telas de proteção sejam colocadas no mar para evitar novos ataques de tubarões. Uma campanha está sendo feita nas ruas e na internet para reforçar a ideia, como explica a amiga de infância da vítima, Priscila Silva de Souza.

— Cada vez que uma pessoa assina nosso abaixo-assinado, os órgãos competentes recebem um alerta.

A família ainda não deu entrada no processo, mas o caso vai correr na cidade de Recife, onde ocorreu a morte. Josete não se conforma com a morte da jovem de 18 anos.

— A minha filha queria conhecer Boa Viagem, bonita, linda, pra quê? Primeira vez que a menina vai lá e acontece uma tragédia dessa? Uma menina cheia de sonhos, de vida.

Ataque

Bruna foi atacada por um tubarão, na praia de Boa Viagem, em Recife (PE), quando passava férias com a família, em junho. Ela estava com os primos no mar quando foi arrastada por uma corrente de água para o fundo. Ela não sabia nadar e bombeiros entraram para fazer o resgate. Tudo foi gravado por câmeras de monitoramento da praia.

Momentos antes de ser salva do afogamento, Bruna foi mordida na perna esquerda por um tubarão. A jovem, de 18 anos, chegou a ter a perna amputada, mas não resistiu e morreu.

A família acredita que morte da jovem foi resultado de uma sequência de erros, como afirma a mãe da vítima.

— Porque eles têm noção do perigo que era aquela praia, que eles têm um barco que monitorava os tubarões na água. Esse barco estava quebrado há seis meses.

A amiga de Bruna, Priscila Silva de Souza, acredita que ela foi vítima de negligência.

— Ela foi sim vítima da natureza, de um tubarão, mas ela também foi vítima de negligência. Onde está o treinamento de primeiros-socorros, onde está a ambulância pra prestar esse atendimento. Uma manta térmica, um balão de oxigênio, não fizeram torniquete.

A amiga de infância questiona ainda o local para onde levaram a vítima que estava em estado gravíssimo. Bruna esperou tempo demais para receber o tratamento.

— Às 12h50, ela ligou e já ficou sabendo do atendimento. A entrada da Bruna foi às 15h. Então ela ficou agonizando todo esse período e ninguém fez absolutamente nada.

A mãe ficou revoltada quando ela ouve falar que Bruna desrespeitou os avisos de segurança.

— Eles agora estão falando isso pra se defender, mas não foi isso que meu sobrinho falou.

A amiga alega que existe uma distância de 100 metros do local onde ocorreu o acidente e a placa de aviso mais próxima.

Em 30 km de praia, existem 88 placas de sinalização do perigo. Nos últimos 20 anos, foram registrados 58 ataques de tubarão em Pernambuco e 24 mortes.

Fonte: R7

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