SMS capacita profissionais para aperfeiçoamento neonatal
A Coordenação de Saúde da Criança da Secretaria de Saúde de Maceió reuniu, nesta segunda-feira (19), enfermeiras e técnicos de enfermagem das unidades localizadas nos 4º, 5º e 7º Distritos Sanitários da cidade, numa capacitação direcionada a reforçar a importância do teste do pezinho em recém-nascidos (RN) atendidos na rede pública de saúde.
Uma segunda etapa da capacitação já está agendada para a próxima sexta-feira (23), desta vez, destinada aos profissionais dos 1º, 2º, 3º e 6º Distritos Sanitários de Saúde.
“Pretendemos melhorar, aperfeiçoar a coleta que já é feita pelas unidades, garantindo a realização da triagem neonatal do 3º ao 5º dia do nascimento, período mais propício à detecção precoce de doenças que causam alterações no desenvolvimento psicomotor dos bebês, possibilitando o tratamento antes mesmo do aparecimento de sintomas”, afirma a coordenadora Alda Tenório.
Realizada pela coordenadora do Laboratório de Triagem Neonatal que atende a toda a rede pública de saúde, Maria de Fátima Souza Cunha, a capacitação buscou sensibilizar e conscientizar os profissionais para atuarem como parceiros no sentido de alertar os pais em relação a esse prazo, prevenindo doenças de sequelas irreparáveis, como a fenilcetonúria (que causa retardo mental) e a anemia falciforme.
De acordo com Alda Tenório, a capacitação dos profissionais é a primeira etapa das ações de prevenção e promoção da saúde do RN programadas pela Coordenação, que pretende fazer uma grande mobilização ainda este ano para ampliar a cobertura da triagem neonatal em Maceió que, em 2012, atingiu apenas a 75% dos 14.883 bebês nascidos vivos.
“Precisamos ampliar esse chamamento junto aos pais, para que esse cuidado seja aplicado no tempo certo, evitando o agravamento dessas doenças”, frisa ela.
Teste do Pezinho
Realizado através de uma pequena picada no calcanhar – região rica em vasos sanguíneos, onde a coleta pode ser feita rapidamente – o teste do pezinho chegou ao Brasil na década de 70 para identificar a fenilcetonúria e o hipotireoidismo congênito. Em 1992, se tornou obrigatório em todo o território nacional. O Sistema Único de Saúde (SUS) instituiu o Programa Nacional de Triagem Neonatal, onde cobre a identificação de até quatro doenças (fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, anemia falciforme e fibrose cística).
