Ministro confirma que Alagoas está livre de febre aftosa

Ailton Cruz/Agência AlagoasAilton Cruz/Agência Alagoas

Alagoas, outros seis estados do Nordeste e o Pará, na região Norte, já podem se considerar zona livre da febre aftosa com vacinação. A confirmação de que os estados evoluíram foi feita pelo ministro da Agricultura, Antônio Andrade, nesse domingo (18), em solenidade em Paragominas (PA).

Para que os criadores possam vender seus animais para os estados que já estão na zona livre, no entanto, ainda é preciso o reconhecimento da Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) ou a realização do processo de quarentena. No próximo dia 6 de setembro, o ministro deverá vir a Alagoas para fazer o anúncio oficial aos criadores.

Com a inclusão de Alagoas, Ceará, Maranhão, norte do Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte, mais de 205 milhões de cabeças, ou seja, aproximadamente 99% do rebanho nacional de bovinos e bubalinos estão em zonas livres da doença.

Em outubro deste ano, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) enviará pleito à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) solicitando que a zona envolvendo esses estados também seja reconhecida internacionalmente como livre da doença. “Quando esses estados forem certificados pela OIE, 78% do território nacional serão reconhecidos internacionalmente como livre de febre aftosa, diminuindo as restrições de trânsito interno e possibilitando a abertura de vários mercados ainda inacessíveis para os produtos dessa zona”, informou o ministro. A expectativa é que o certificado da OIE seja obtido em maio de 2014.

O governador Teotonio Vilela comemorou o reconhecimento oficial do Estado de Alagoas como livre da febre aftosa com vacinação. Um dos principais responsáveis pelo trabalho que levou o Ministério do Desenvolvimento Agrário a mudar a classificação do rebanho alagoano, o governador destacou a qualidade do gado e os esforços de todos os envolvidos no combate à doença.

“Essa certificação é muito importante para o nosso Estado. Alagoas tem 1 milhão de cabeças de gado de muito boa qualidade. Tanto gado de corte quanto o gado de leite do nosso Estado é de uma genética reconhecida em todo o Brasil, mas não estávamos podendo exportar o nosso gado para melhorar a renda do produtor e gerar mais empregos. Há 15 anos, o descuido dos governantes deixou que a aftosa tornasse Alagoas um Estado perigoso para exportar sua carne e seu rebanho. Isso trouxe um prejuízo muito grande para os produtores”, afirmou Teotonio.

Para o secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, José Marinho Júnior, a conquista é resultado de um trabalho de parcerias entre o Governo do Estado, os produtores e o governo federal. "A partir de agora, quando os animais puderem ser comercializados, nossa pecuária será fortalecida, a genética será ainda mais valorizada e teremos mais geração de empregos e renda para Alagoas”, comentou.

O superintendente de Desenvolvimento Agropecuário da Seagri, Hibernon Cavalcante, que é ex-presidente da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal), avalia que o momento atual é fruto também de muita educação sanitária e de um grande processo de conscientização de criadores e dos técnicos. “No começo houve resistência tanto para fazer a vacinação quanto a declaração”, explicou.

Cronologia
Segundo ele, a declaração começou a ser feita na campanha de outubro de 2003, quando o Estado conseguiu 300 mil registros. Em 2006, houve a criação da Adeal, o que fortaleceu as ações e estreitou o relacionamento com o Mapa. Atualmente, as campanhas atingem quase 100% de vacinação com declaração, do total de 1.297.449 cabeças, entre bovinos e bubalinos.

“Mas somente no atual Governo, em 2007, foi feito um concurso público para a Agência, com contratação dos aprovados em 2008. Em 2009, saímos da zona de risco desconhecido e alcançamos a zona de risco médio”, lembrou Cavalcante. Por três anos, até 2010, Alagoas estava na vice-presidência do Fórum Nacional de Defesa Agropecuária, o que, de acordo com Hibernon Cavalcante, garantiu visibilidade ao Estado e a possibilidade de firmar parcerias.

Fonte: Agência Alagoas

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