Galo estraga festa do Grêmio: 1 a 0

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Grêmio perde em casa

Ninguém sabe quem criou, mas todo mundo tem certeza de uma das máximas do futebol: quem não faz, leva. Foi assim que o Atlético-MG, comandado por Victor e não Ronaldinho Gaúcho, aproveitou a má pontaria do rival e estragou a festa de aniversário de 110 anos do Grêmio. Neste domingo, com gol de Fernandinho, venceu por 1 a 0, confirmou a recuperação no Brasileirão e complicou o sonho azul de ser campeão.

R10 já fora mais odiado. É claro que foi vaiado. Mas aquela repulsa de 2011 e 2012 ficou no passado. Os gremistas, parecendo prever o pior, vaiaram o goleiro antes do começo do jogo – ele trocara Porto Alegre por Belo Horizonte em 2012. Fez ao menos quatro grandes defesas e ajudou o seu time a chegar aos 28 pontos no décimo lugar – quatro pontos à frente da zona de rebaixamento. O time gaúcho parou nos 37, em terceiro, mas cinco pontos distante do Botafogo, o segundo, e nove do líder Cruzeiro – principal causa dos lamentos após o fim da partida disputada sob uma fortíssima chuva em Porto Alegre.

– Um empate já estaria de bom tamanho. Perdemos nos detalhes – lamenta Zé Roberto.

Costumeiramente vaiado, Ronaldinho mostrou frieza também fora de campo. Afirmou que não se importa com os apupos dos gremistas e preferiu valorizar o resultado longe de Minas:

– A Arena dos estádios mais difíceis para jogar. São três pontos que chegam com muita alegria.

Quarta-feira, às 19h30m, o Tricolor recebe o Santos. No mesmo dia, mas às 21h50m, o Galo desafia o São Paulo fora de casa.

Equilíbrio

Foi um primeiro tempo equilibrado, com leve vantagem para o Atlético-MG. As duas equipes marcaram muito. Até parecia que havia mais gente do que os 22 atletas em campo tamanha a falta de espaço. A qualidade que fez o Grêmio ser um dos destaques do campeonato e o Galo, campeão da América, sucumbiu à força defensiva. Exemplo: Jô, logo no primeiro minuto, levou amarelo por carrinho em Gabriel.

Nem Dida e nem Victor foram exigidos no começo, mas a pequena superioridade mineira se explica por um nome: Ronaldinho Gaúcho. Ele cobrou falta rasteira nas mãos do camisa 1 tricolor, mas era sinônimo de perigo com passes e lançamentos. Azar dele que não foram aproveitados.

O Grêmio não teve nem isso. Viveu da ligação direta. Teve em Vargas uma figura apagada, o que deixou Barcos isolado na frente. O Pirata só ameaçou com chute de fora da área espalmado por Victor. A torcida, entusiasmada pelo aniversário e por pegar no pé do desafeto, só acordou aos gritos de ‘pilantra’ quando Ronaldinho derrubou Ramiro.

São Victor

O primeiro lance do segundo tempo mostrou um novo jogo. Nem eram dois minutos, e Zé Roberto invadiu a área em alta velocidade, recebeu de Barcos e chutou forte para defesa de Victor. Não mais forte que a chuva, que empoçou o gramado. A água, aliás, ajudou a criar chances.

Réver errou o tempo de bola, que parou na água. Vargas foi esperto. Retomou. Avançou, livre, só com Victor pela frente. Chutou em cima do goleiro. No rebote, o chileno chutou e o zagueiro se recuperou para afastar. O lance animou. Alex Telles, de fora da área, arriscou e Victor, de novo, fez ótima defesa – chances aos 14 e aos 15.

E, no ataque seguinte, Jô ganhou na velocidade pela direita, invadiu a área e cruzou rasteiro. Fernandinho, de carrinho, completou: 1 a 0 aos 16. O Grêmio ficou atônito. Demorou a responder. Vargas o fez em grande passe a Zé Roberto, que bateu de primeira para mais uma ótima defesa de Victor. Assim como em chute de Paulinho, já no fim do jogo. Azar do Grêmio. Que não esqueceu Ronaldinho e agora terá que se lembrar de Victor.

Fonte: Globo.com

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