Ponte corresponde à festa da torcida com vitória histórica sobre o Pasto

ReutersPonte Preta vence em casa

Ponte Preta vence em casa

A torcida da Ponte Preta fez valer a pena a espera de 113 anos pela estreia internacional oficial do clube. Com uma linda festa, dentro e fora do Moisés Lucarelli, a massa alvinegra contagiou e empurrou o time para sair em vantagem no duelo contra o Deportivo Pasto, pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana. Coube a Uendel, num primeiro tempo mais colombiano que brasileiro, e Fellipe Bastos, em cobrança de falta perfeita já nos acréscimos de uma etapa final tensa, garantirem a vitória histórica por 2 a 0 na noite desta quarta-feira. Um merecido presente para tornar a primeira vez inesquecível por completo.

O Majestoso pulsou com a presença de 14,7 mil pagantes, recorde de público da Macaca na temporada. A casa cheia deixou o cenário ainda mais favorável à Ponte e aqueceu a fria noite campineira. Mais na base da entrega do que da técnica, a equipe correspondeu ao apoio da torcida. O resultado aproxima a Macaca das quartas de final da Sul-Americana. Para o compromisso de volta, em San Juan del Pasto, a 2,5 mil metros de altitude, na Colômbia, a Ponte pode até perder por um gol de diferença que estará classificada. A partida está marcada para 22 de outubro, às 22h15 (de Brasília).

Quem passar, terá pela frente o vencedor do confronto entre La Equidad e Vélez Sarsfield, que largou em vantagem ao vencer fora de casa por 2 a 1. Antes de voltar a se preocupar com a Sul-Americana, a Ponte precisa retornar à dura realidade no Brasileirão, no qual está seriamente ameaçada pelo rebaixamento. O próximo desafio está marcado para sábado, às 21h (de Brasília), contra o Botafogo, no Maracanã.

Ponte aproveita falha de goleiro para sair em vantagem

As escalações evidenciavam a proposta de jogo de cada time. Enquanto Jorginho colocou a Ponte para frente, com três atacantes e Régis no lugar de Artur na lateral direita pensando no apoio pelas laterais, Flabio Torres tratou de fechar o Deportivo, com apenas um atacante, o uruguaio Lalinde isolado na frente.

Empurrada pela torcida, a Macaca começou na base da empolgação. O ímpeto alvinegro, porém, esfriou rapidamente, principalmente pela forte marcação dos colombianos, muitas vezes abusando das faltas, e também pela demora de alguns jogadores para entrar na partida, como Adrianinho. O anseio de resolver logo parecia atrapalhar os campineiros. O primeiro lance de perigo saiu apenas aos 17 minutos, com uma cabeçada de Rildo que ciscou a trave.

O Deportivo dava uma aula de aplicação tática e também mostrava qualidade com a bola nos pés quando se arriscava ao ataque. Na Ponte, a individualidade de Rildo e Chiquinho era a aposta, porém, mais fortes fisicamente, os colombianos levavam a melhor na maioria das divididas. O esquema de Flabio Torres só não contava com uma falha do goleiro Álvarez.

Aos 30, ele soltou uma cobrança de falta de Fellipe Bastos nos pés de Uendel, que bateu cruzado para abrir o placar. Um alívio para um time que até então não havia se encontrado. O gol fez a Ponte se soltar em campo e desestabilizou o sistema defensivo do Pasto. Álvarez quase entregou novamente quando Chiquinho arriscou da ponta direita. O goleiro voltou a dar rebote, mas desta vez chegou antes de William para evitar o segundo gol da Macaca. Baraka, de frente para Álvarez, ainda jogou para fora a última chance do primeiro tempo.

Festa completa no fim

A Ponte voltou do intervalo com a mesma vontade demonstrada no início da partida. Só que mais do que vontade, desta vez mostrou inteligência para pressionar a saída de bola dos colombianos. Ofensivamente, porém, a equipe continuava deixando a desejar. Depois de segurar a pressão inicial da Ponte, o Pasto começou a acreditar no empate.

Maurício Mina, no mano a mano com Régis, e Piedrahita, em cruzamento despretensioso que parou no travessão, assustaram Roberto. William respondeu para a Ponte. Primeiro com uma arrancada que só não parou nos fundos das redes devido ao corte da zaga colombiana. Depois, ao desviar cobrança de escanteio na primeira trave.

A busca dos colombianos pelo empate deixava espaços para a Ponte criar. Faltava acertar a pontaria. Chiquinho colocou mais um lance de gol perdido na sua lista. Após receber passe preciso de Elias, ele se atrapalhou com a bola e perdeu o tempo da finalização. Depois, ainda tentou arrumar, mas mandou por cima. Por pouco, Chiquinho não se redimiu ao buscar William na área, mas acertar o travessão.

Os minutos finais foram de tensão. Um princípio de confusão envolvendo William e um susto com Murillo, que precisou deixar o estádio de ambulância após um choque na cabeça com Álvarez, deram contornos de dramaticidade ao jogo. Mas Fellipe Bastos, já nos acréscimos, tratou de devolver alegria à partida. Com uma cobrança de falta perfeita no ângulo esquerdo, da intermediária, ele deixou completa a noite histórica: 2 a 0. Um merecido presente para a torcida alvinegra. Festa antes, durante e depois no Majestoso.

Fonte: Globo.com

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