Judson confirma que servidores recebem até 200% de bonificação

O deputado estadual Judson Cabral (PT) prestou esclarecimentos na manhã desta sexta-feira (4) na sede do Ministério Público Estadual (MPE) sobre as irregularidades apontas por João Henrique Caldas (JHC) e confirmadas após documentação da Caixa Econômica Federal concedida mediante ordem judicial ocorridas na Assembleia Legislativa do Estado (ALE).

Cabral foi o parlamentar que, junto com JHC, pediu uma CPI para investigar a fraude. Ele também confirmou hoje que seus assessores não recebem as tais Gratificações por Dedicação Excepcional (GDE), principal mecanismo usado na fraude. Segundo Cabral, alguns servidores chegam a receber 200% de bonificação.

A crise na ALE ganhou repercussão nacional e se ‘alastrou’ para outros setores públicos como a Câmara de Vereadores de Maceió e até o Tribunal de Contas do Estado. Além das ‘abusivas’ gratificações foi descoberto um esquema de funcionários ‘fantasmas’ e de edis ‘hiperativos’ que além de suas obrigações políticas na Casa Mário Guimarães ainda prestam serviço na Casa Tavares Bastos e no TC.
Uma comissão de promotores do MP ouviu às declarações do deputado que se disse “envergonhado e incomodado” com a atual situação da ALE. Ontem Cabral bateu-boca com o parlamentar Temóteo Correia (DEM) depois de sugerir em plenário o afastamento da Mesa Diretora, alvo da investigação do MP.

Mesmo sendo iniciada um mês depois do ‘estopim’, a auditoria na ALE já aponta indícios graves de irregularidades. O presidente do MP, Sérgio Jucá, sob alegação de preservar as investigações, tem mantido a sete chaves o nome dos parlamentares diretamente envolvidos no esquema. Já o presidente da ALE, Fernando Toledo, adotou o silêncio como estratégia e tem ‘escorregado’ da imprensa desde que a fraude foi comprovada. Mesma estratégia dos servidores ‘hiperativos’.

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