O Programa de DST, Aids e Hepatites Virais da Secretaria de Saúde de Maceió lança, no próximo sábado (19), Dia Nacional de Combate a Sífilis, a Campanha “Elimina Sífilis”, durante as ações do Projeto Bairro Vivo, que acontecem nesta edição no Conjunto Carminha, no Benedito Bentes. A Campanha, que prossegue de 21 a 25 deste mês tem como objetivo conscientizar, divulgar as formas de prevenção e reduzir o número de casos da doença na Capital.
“Além de aumentar a oferta do diagnóstico da doença com o teste rápido nas unidades, estaremos intensificando as ações educativas dentro das escolas, não só junto ao alunos, mas aos pais, professores, funcionários e comunidade, com a finalidade de ampliar o conhecimento de todos acerca da doença que, se não for tratada, pode causar complicações graves como cegueira, doenças cerebrais e problemas cardíacos, podendo levar à morte”, afirma o coordenador interino do Programa, Marcello Araújo.
Durante toda a próxima semana, 26 unidades do município – São José (Canaã), José Tenório, João Paulo II (Jacintinho), Aliomar Lins (Benedito Bentes), Ib Gatto Falcão (Tabuleiro), Djalma Loureiro (Clima Bom), PAM Dique Estrada, Jorge David Nasser (Ipioca), Dídimo Otto Kummer (Conjto. Carminha), Hamilton Falcão (Benedito Bentes), PAM Salgadinho, PAM Bebedouro, Denisson Menezes, Reginaldo, João Macário (Santos Dumont), CAIC Benedito Bentes, José Araújo Silva (Jacintinho), CAIC Virgem dos Pobres, Sérgio Quintella (Santa Lúcia), Tereza Barbosa (Eustáquio Gomes), José Pimentel Amorim (Salvador Lyra), Graciliano Ramos, Robson Cavalcante (Benedito Bentes), Lourença de Carvalho (Riacho Doce), Jardim São Francisco (Vila Brejal) e Edvaldo Silva (Fernão Velho) – estarão disponibilizando o teste rápido para a população, além de ações educativas e distribuição de preservativos.
Na USF Village Campestre II, a testagem será feita apenas na sexta-feira (25). Nas demais unidades, a Campanha será desenvolvida por meio de palestras educativas em salas de espera com foco na prevenção da sífilis, orientações e distribuição de preservativos masculinos e femininos.
Em Maceió, as unidades de saúde também vêm realizando rotineiramente o exame da sífilis em todas as gestantes atendidas na rede municipal de saúde, prevenindo e tratando a doença especialmente no 1º trimestre da gestação, evitando complicações – aborto, má formação do feto e/ou morte ao nascer – que podem ser provocadas pela sífilis congênita. O exame também tem sido feito no Centro de Testagem e Aconselhamento – CTA, instalado no Bloco I do PAM Salgadinho.
Dentro das ações do Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas, a equipe do Programa do município mobilizará as comunidades escolares nas unidades de educação, de acordo o seguinte cronograma: 21/10 – Escola Zumbi dos Palmares (Conjto. Rosane Collor, às 8h); 23/10 – Escola Bonifácio da Silveira (Bebedouro, às 19h); 24/10 – Escola Lenilton Alves (Jacintinho, às 19h); 30/10 – Escola Zumbi dos Palmares (Conjto. Rosane Collor, com alunos da EJA, às 19h).
Segundo Marcelo Araújo, em 2011, a incidência de casos de sífilis no Brasil era de 5 casos para mil nascidos vivos. Neste mesmo período, o índice de Maceió era de 11,8 casos para cada mil nascidos vivos, bem acima da média nacional. Entre 1998 e junho de 2012, o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) registrou 80.041 casos de sífilis no país, sendo 34,4% na região Nordeste, classificando Alagoas como a 5ª estado com os piores índices do Brasil.
Na população adulta de Maceió, o SISVAN registrou, em 2012, 208 casos da doença e, até setembro último, 155 casos. Em relação à sífilis congênita, foram 222 casos em 2012 e 156 até o mês passado.
A doença – Causada pela bactéria Treponema pallidum, a sífilis pode ser transmitida por meio de relações sexuais sem preservativos, transfusão de sangue contaminado e da mãe para o bebê durante a gestação e o parto. Seu período de infecção é de 7 dias. A doença pode se manifestar de forma temporária, em três estágios. Os principais sintomas ocorrem nas duas primeiras fases, período em que é mais contagiosa. O terceiro estágio pode não apresentar sintoma e, por isso, dá a falsa impressão de cura. O uso da camisinha em todas as relações sexuais e o correto acompanhamento durante a gravidez são meios simples, confiáveis e baratos de prevenção.
