Regina Miki critica trabalho da imprensa e cultura de justiçamento

Alagoas24horasViaturas custaram aproximadamente R$ 4 milhões

Viaturas custaram aproximadamente R$ 4 milhões

Durante o anúncio do Governo do Estado na manhã desta terça-feira (17) da aquisição de cinco veículos, a Secretaria de Segurança Pública, Regina Miki, aproveitou para criticar o trabalho da imprensa na divulgação de dados referentes ao número de homicídios no Estado.

De acordo com ela, em Alagoas está se firmando uma “cultura de massacre e matança” e que a população precisa banir essa tradição que acaba por culminar também em constantes casos de justiçamento. “Essa história de bandido bom, bandido morto tem que mudar em Alagoas”, disse ela durante a entrega de cinco novas viaturas para o Corpo de Bombeiros e para a Secretaria de Estado da Defesa Social (SEDS), ocorrida na manhã de hoje no estacionamento do Jaraguá.

Para Miki, a imprensa se confunde quando divulga dados referentes à violência no Estado, principalmente aqueles relativos aos crimes letais registrados diariamente. “Estão tratando achado de cadáver como se fosse homicídio e não é”, explica enquanto diz que a imprensa entende tudo como sendo assassinato.

A secretaria defendeu novamente a implantação do programa Brasil Mais Seguro que consta com o investimento total de R$ 160 milhões do Estado e uma contrapartida de R$ 50 milhões do governo federal, para isso, Miki disse que no último ano o número de homicídios foi reduzido durante a implantação do programa.

“A curva de homicídios era de 12% ao ano antes da implantação do Brasil Mais Seguro, agora ele estagnou e o índice diminuiu”, assegura a secretaria que critica também o fato desse resultado ser pouco divulgado.

As declarações de Regina Miki ocorrem uma semana após a Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB-AL) divulgar um trabalho de monitoramento similar ao realizado pelo estado. De acordo com a ordem, os números de homicídios divergem em 167 mortes a mais do que o divulgado oficialmente pelo governo de Alagoas.

Mesmo com a divergência, a ordem declarou ainda que os dados apresentaram uma redução de 2,44% no número de homicídios entre 2012 e 2013. “Não há também como dizer que houve um mascaramento por parte do governo já que a metodologia utilizada por ele é diferente da nossa”, disse Daniel Nunes presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-AL na oportunidade.

Errata

A assessoria de comunicação da secretária de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Regina Miki, entrou em contato com o Alagoas24Horas, na quarta-feira, 18, para destacar que ao contrário do que foi veiculado por este site, a secretária teria afirmado à imprensa que “todos os casos de achado de cadáver devem ser tratados como homicídio”.

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