Militares ocupam prédio da ALE e pedem CPI do Brasil Mais Seguro

Izabelle Targino/ AL 24hMilitares ocupam prédio da ALE e pedem CPI do Brasil Mais Seguro

Militares ocupam prédio da ALE e pedem CPI do Brasil Mais Seguro

Os servidores da Assembleia Legislativa do Estado fecharam o plenário da Casa de Tavares Bastos, na tarde desta quarta-feira, 18, para impedir o acesso de deputados e a realização da sessão. Essa foi a maneira encontrada pela categoria para cumprir o que prometeu, há alguns dias, quando anunciou que iriam impedir a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) até que o Governo liberasse os recursos necessários para o pagamentos dos servidores.

Nesta tarde, após trancar o plenário, os servidores se reuniram nas escadarias do prédio e foram surpreendidos por um grupo de militares que estava reunido em assembleia, na Praça Montepio. Membros de associações militares e um grupo representando a reserva técnica da PM entraram no prédio do Poder Legislativo pelo portão lateral e ocuparam os corredores que dão acesso aos gabinetes de deputados.

Policiais Militares e Bombeiros cantaram o hino nacional e gritavam palavras de ordem: “Governador, queremos trabalhar, aumente o efetivo da Polícia Militar”, diziam pelos corredores. Para os manifestantes, que estavam visivelmente exaltados, a paralisação e os protestos realizados pelos PMs não são apenas por reajuste salarial, mas também pela reestruturação da PM.

Uma comissão de militares foi recebida pelos deputados: Edval Gaia (PSDB), Jeferson Moraes (DEM), Ronaldo Medeiros (PT), Flávia Cavalcante (PMDB), Judson Cabral (PT), Antônio Albuquerque(PTdoB) e Dudu Holanda ( PSD) e deve pedir, entre outras coisas, a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o Programa Brasil Mais Seguro do Governo Federal, implantado de forma experimental em Alagoas.

Em entrevista ao Alagoas24Horas o grupo informou que vai se unir aos servidores da ALE para impedir que a peça orçamentária seja votada antes da resolução dos problemas apresentados pelas duas categorias.

Os militares pedem, além da CPI, a saída do secretário de Defesa Social, Dário Cesar; que o governador os receba; melhores condições de trabalho; reavaliação do valor destinado à seguraça pública no Orçamento do Estado. Segundo os militares, dos R$ 700 mil mensais, R$ 350 mil são para manutenção de viaturas, R$ 180 mil para aluguel do helicóptero e o restante para custeio.

A presidente interina da Mesa Diretora, deputada Flávia Cavalcante, afirmou que é favorável aos dois movimentos. A presidente teria informado ao governador que o orçamento não irá entrar em pauta até que o problema dos servidores da Casa seja resolvido. Quanto aos militares, ela disse que entende seus direitos, mas preferiu não entrar em detalhes sobre o pleito.

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