“Todo consumo de drogas tem riscos”.
Esse é o bordão adotado pelo governo uruguaio para divulgar, já no verão que se inicia, a campanha de TV contra o consumo de narcóticos em geral – incluindo a Cannabis sativa. A medida está prevista na mesma lei que regula a produção e a comercialização da maconha, que permitirá a compra de 40 gramas mensais por parte de usuários registrados e o estabelecimento dos clubes de cultivo compostos de 15 a 45 associados.
A campanha alertará que a maconha altera a percepção e os sentidos, põe em risco crianças e adolescentes e limita a capacidade de concentração e de memória. Também pode acarretar problemas respiratórios e provocar transtornos psicológicos.
O alerta reforça a tese do governo segundo a qual o objetivo da lei aprovada em dezembro é de afastar o narcotráfico do processo, puxando para o Estado o controle e garantindo mais qualidade para a Cannabis (são diversos os relatos segundo os quais traficantes adulteram a maconha adicionar a ela elementos mais viciantes).
