83% acreditam que ganhos serão maiores em 2014
O brasileiro está mais otimista com sua situação financeira em 2014. Nada menos que 91% das pessoas consultadas em uma pesquisa do GuiaBolso.com, adiantada pelo iG, acreditam que o próximo ano será melhor para o bolso do que 2013. O estudo ouviu 500 pessoas, entre os dias 12 e 17 de dezembro.
Parte desta crença se justifica na esperança dos entrevistados de que seus salários aumentarão nos próximos 12 meses.
Pelo menos 83% acreditam que seus ganhos serão maiores em 2014, e 33% creem que este aumento será acima de 15%. Apenas 5% responderam que seus rendimentos vão diminuir.
Quanto ao patrimônio pessoal, as respostas seguiram a mesma linha: somente 2% acreditam que as posses vão encolher no próximo ano, enquanto 78% afirmam que terão aumento de seus bens e capital em 2014.
Questionados sobre a expectativa de dívidas, 71% responderam que elas ficarão menores, ao passo que 10% disseram que elas devem aumentar. Para 54% dos entrevistados, o ano de 2013 foi financeiramente melhor que 2012 – embora tenha sido pior para 26% e igual para os outros 20%.
Prioridades para 2014
Quase metade (47%) dos entrevistados afirmaram que vão priorizar o pagamento de dívidas e investimentos para o futuro no próximo ano. Fazer uma viagem e estudar receberam 33% e 29% da preferência, respectivamente.
O estudo também apontou que menos de 20% dos consultados pensam em fazer aquisições materiais em 2014. A compra de um imóvel está nos planos de 19% deles, enquanto a aquisição de um carro é intenção de 17%.
Na opinião do planejador financeiro do GuiaBolso.com, Luiz Krempel, os resultados são positivos. "O fato de ‘sair das dívidas’ e ‘investir para o futuro’ liderarem as intenções para 2014 mostra maturidade em relação às finanças pessoais", observa.
Lado menos cor-de-rosa
Apesar das boas expectativas do brasileiro para o próximo ano, a pesquisa também apontou um lado não tão positivo quanto às despesas. 45% dos consultados responderam que seus gastos não ficarão menores em 2014, e 52% tentam controlar, sem sucesso, as próprias despesas.
Questionados sobre o motivo, 76% disseram que gostariam de saber fazer este controle, mas não conseguem. Outros 13% reconheceram a necessidade de cortar despesas, mas consideram este esforço chato, enquanto 11% afirmam viver bem sem ter controle algum do próprio dinheiro.
Segundo Krempel, a falta de controle com os gastos é o lado preocupante da pesquisa, já que é uma das principais causas de endividamento do brasileiro. "Fizemos outra pesquisa, de maio a outubro de 2013, e identificamos que 88% dos entrevistados estaram em apuros ou vivendo no limite”, conta o especialista.
