Delegado-geral de Polícia Civil, José Edson
O delegado-geral de Polícia Civil, José Edson de Freitas Junior, empossado oficialmente nesta terça-feira, dia 10, deve receber hoje a gravação do telefonema anônimo feito à Polícia Federal em Pernambuco dando conta de uma trama para assassinar os deputados Eduardo Hollanda e Maurício Tavares. O ‘autor’ do crime seria o também deputado Cícero Ferro, que desafiou as polícias a provarem a sua culpa na trama.
De acordo com o secretário-adjunto de Defesa Social, Paulo Cerqueira, o material deverá ser analisado pela cúpula da PC para só então ser determinada – ou não – a instauração de inquérito policial. Cerqueira defendeu que todos os procedimentos adotados pela PF e pela Polícia Civil desde a divulgação do suposto plano e comunicação às vítimas foram ‘diligentes e precavidos’.
José Edson alegou que não se pronunciaria sobre o caso e confirmou que espera receber da PF o material para então averiguar quais providências serão adotadas pela Polícia Civil de Alagoas.
Questionado sobre as declarações de Hollanda e Ferro, que afirmaram que as polícias estariam ‘desmoralizadas’ caso não esclarecessem a suposta trama, o delegado-geral evitou novamente comentar o assunto.
José Edson se limitou apenas a admitir que há carência nos quadros da Polícia Civil de Alagoas e o número de vagas anunciado para o próximo concurso não supre a necessidade da corporação. “Mesmo com essa carência, esperamos sanar os problemas paulatinamente”, completou José Edson.
A trama
A Polícia Federal em Alagoas recebeu a informação da superintendência do órgão em Pernambuco de que um plano estaria em andamento visando ao assassinato de parlamentares alagoanos. Os alvos seriam os deputados Dudu Hollanda e Maurício Tavares, e deveria ser posto em prática no dia 1º de janeiro.
No dia da divulgação do plano, havia informações como a detenção de militares pernambucanos e alagoanos na divisa dos estados, em dois veículos, informação posteriormente não confirmada. Os deputados envolvidos na trama, Ferro (mandante) e Hollanda e Tavares (supostos alvos), se apressaram em convocar a imprensa e desacreditar o plano, no entanto, pediram reforço na segurança pessoal ao governo do Estado.
Durante a coletiva, tanto Cícero Ferro quanto Dudu Hollanda exigiram esclarecimentos sobre o suposto plano, sob pena de ‘desmoralização’ das polícias do Estado.
