Governo vai reforçar campanha de desarmamen​to em Alagoas

Meta é receber duas mil armas e inibir crimes passionais.

Agência AlagoasAgência Alagoas

Autoridades das forças de segurança do Estado, secretarias e organizações não governamentais (Ongs) estiveram, nesta quarta-feira (11), na Secretaria de Estado da Defesa Social (Seds) para a apresentação da campanha de desarmamento que será feita em todo o Estado.

A campanha de desarmamento do ano passado contou com a colaboração apenas da Polícia Federal que recebeu da sociedade 248 armas de forma voluntária. Para este ano, a meta é arrecadar duas mil armas de fogo em Alagoas. Para isso, a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros, a Polícia Civil, Guarda Municipal de Maceió e a coordenação da rede Desarma Brasil estão unidos para que a campanha permita diminuir os altos índices de violência.

Para fazer a doação, o voluntário deve ir até um dos postos de coleta na capital e interior, onde será entregue o salvo-conduto, documento que permite que o cidadão se desloque portando a arma de sua residência até o local do desarmamento. De acordo com o calibre, o cidadão poderá receber entre 100 e 300 reais pela arma de fogo. O sigilo do doador será garantido.

A arma de fogo entregue será danificada na presença do doador e depois encaminhada ao Exército Brasileiro para ser destruída.
“É um momento que exige certo desafio. A intenção é diminuir a quantidade de armas de fogo nas mãos de quem não precisa do instrumento em casa. Esse instrumento pode, inclusive, longe da vontade do dono, chegar às mãos de bandidos”, afirma o coordenador da campanha de desarmamento em Alagoas, major Antonio Casado,
Segundo o secretário-adjunto da Defesa Social, delegado Paulo Cerqueira, é preciso que a campanha chegue aos municípios mais violentos do Estado. “Com a campanha, não vamos resolver o problema do crime, mas atenuaremos os casos passionais, aqueles crimes que são cometidos em momentos de raiva e que podem ser evitados se o cidadão não tiver uma arma de fogo ao alcance”, disse.

O comandante geral da Polícia Militar, coronel Luciano Silva, colocou a corporação disponível para as ações da campanha. “Em nossas atividades pelos 180 anos da Polícia haverá ampla divulgação. Essa campanha irá tirar armas das ruas e diminuir o número de homicídios. A mistura de armas com drogas precisam de um basta, afirmou.

Para o delegado geral da Polícia Civil, José Edson, é preciso acabar com a cultura de que quem tem uma arma é mais homem. “É impressionante como carregamos esta cultura. Uma pessoa em momento de fortes emoções pode provocar uma tragédia se tiver uma arma”, alerta.

Atualmente, os estados que mais arrecadam armas de fogo são Rio Grande do Sul, Minas Gerais e São Paulo.

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