Nivaldo Ferreira Albuquerque Neto, 24 anos, filho mais velho do deputado estadual Antônio Albuquerque (PTdoB), foi removido na manhã deste domingo, dia 5, para um hospital particular da capital alagoana.
A transferência contou com um grande aparato da Polícia Militar de Alagoas, através de batedores e guarnições do Pelopes, que necessitou fechar um trecho da duplicação da AL-220, para que a ambulância de alta complexidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) pudesse remover o jovem até um helicóptero do estado, que o aguardava em um campo de futebol do 3° Batalhão. A ação foi muito rápida mediante o grave estado de saúde de Nivaldo Albuquerque.
Por volta das 7h15, a aeronave decolou rumo a Maceió. Médicos e paramédicos realizaram a transferência sob o olhar de dezenas de familiares e amigos do jovem. Alguns veículos, inclusive o do deputado estadual Antônio Albuquerque, acompanharam todo o percurso feito pela ambulância até chegar ao 3°BPM.
O trânsito em um trecho da AL-220 chegou a ficar parado por aproximadamente 20 minutos, provocando congestionamento no local. Após a liberação da rodovia, o tráfego voltou ao normal.
O filho do deputado, de 24 anos, foi atingido por quatro disparos – no tórax, boca, ombro e fêmur – e permaneceu durante cerca de cinco horas em cirurgias. Foi necessário, inclusive, convocar um cirurgião buco-maxilo-facial, por causa do tiro que atingiu a boca de Nivaldo. O único boletim médico, divulgado pelo hospital no início da madrugada deste sábado, depois das cirurgias, informava que o estado do paciente é “grave e inspira cuidados”.
Entenda o caso:
Segundo informações de uma testemunha, quatro homens armados invadiram a propriedade rural e identificaram-se como policiais; depois, disseram que eram ladrões e dispararam um tiro que atingiu a perna de Nivaldo. Pediram a chave da caminhonete e efetuaram outros disparos. Um deles atingiu o rosto do filho do deputado.
Após ferir Nivaldo, fugiram na caminhonete em direção à rodovia AL-220. Um dos pneus estourou e o veículo teve de ser abandonado. Mais à frente, um carro Siena esperava os criminosos, que chegaram a efetuar outros disparos em direção a populares.
As buscas à quadrilha que cometeu o atentado prosseguem também em sigilo: ninguém da polícia fala sobre o assunto.