Escolas: líderes comunitários protestam contra interrupção de reformas

A suspensão imediata das reformas das escolas da rede estadual na capital e no interior foi solicitada pelo Ministério Público Estadual (MPE) no começo deste mês.

Alagoas24horas/ArquivoSilvânio Barbosa, prefeito comunitário do Complexo Benedito Bentes

Silvânio Barbosa, prefeito comunitário do Complexo Benedito Bentes

Na manhã desta sexta-feira, 10, lideranças comunitárias, professores, pais e alunos das escolas estaduais localizadas no Complexo do Benedito Bentes prometem realizar um apitaço pelas ruas do bairro em repúdio a possibilidade de interrupção das reformas que acontecem nas oito escolas estaduais da região.

A suspensão imediata das reformas das unidades escolares da rede estadual na capital e no interior foi solicitada pelo Ministério Público Estadual (MPE), no começo deste mês. A promotora Cecília Carnaúba alegou ilegalidades encontradas no projeto emergencial de reforma para ingressar com uma Ação de Improbidade Administrativa contra o secretário estadual da Educação e Esporte, Adriano Soares.

Em entrevista ao Alagoas24horas, Silvânio Barbosa, prefeito comunitário do Benedito Bentes, disse que, caso as reformas sejam interrompidas, só no complexo, cerca de 30 mil estudantes ficarão fora das salas de aula por tempo indeterminado.

“Com as reformas previstas para terminarem em abril, os alunos já estão sem estudar, mas, se elas forem suspensas, o prejuízo será muito maior, porque não haverá previsão para a volta às aulas”, explicou Barbosa.

O líder comunitário acrescentou que, paralelamente a manifestação que acontece nesta sexta-feira, a prefeitura comunitária irá encaminhar ofícios ao Tribunal de Justiça, Ministério Público e Governo do Estado solicitando a adoção de outras medidas, que não a suspensão da reforma, para resolver o impasse envolvendo o MP e a Secretaria de Educação.

“A população do Benedito Bentes não vai aceitar que as obras sejam paralisadas a qualquer momento. Se há falhas no projeto de reforma, que elas sejam solucionadas sem que prejudique os estudantes”, frisou o prefeito.

Em Nota Oficial encaminhada à imprensa, após o pronunciamento do MPE, a SEE afirmou que está disposta a corrigir eventuais falhas técnicas ou formais no projeto emergencial, mas, irá manter todas as reformas, ciente da legalidade e da urgência de sua atuação.

A manifestação no Benedito Bentes está prevista para começar às 8h, com concentração na prefeitura comunitária.

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