Testes para banda larga gratuita começam em março, diz ministro

Ministério das Comunicações desenvolve um modelo de banda larga que funcione como os telefones 0800, para que consumidores possam receber serviços ou fazer reclamações sem custo.

Elza Fiúza/ABrO ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, fala sobre as prioridades do setor, durante o 10º seminário Políticas de (Tele)comunicações + TICs

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, fala sobre as prioridades do setor, durante o 10º seminário Políticas de (Tele)comunicações + TICs

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, participou nesta terça-feira (14) de um seminário de políticas sobre telecomunicações, e disse que o governo já se prepara para criar um programa de banda larga gratuita.

Segundo o ministro, os primeiros testes para esse novo modelo de acesso à internet começam no mês de março. O modelo, de criação nacional, se inspira nos serviços de ligação telefônica para números com prefixo 0800, em que o custo da ligação é pago pelas empresas que prestam o serviço. "A ideia é tentar desenvolver uma conexão de internet em que a pessoa entra para fazer uma reclamação, pedir atendimento em call center, fazer compras ou operação em um banco. Isso possibilitaria que o cliente dessa empresa fizesse uma conexão que não seria tarifada para ele, e sim para a empresa que franqueou a ligação”, disse Paulo Bernardo.

Os testes serão feitos na região administrativa de Varjão, no Distrito Federal, que conta hoje com cerca de 9 mil habitantes. A operação está sendo executada pelo pelo Ministério das Comunicações, pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI).

Segundo Bernardo, se o modelo funcionar, as empresas conseguiriam reduzir custos e prestar um atendimento mais personalizado aos consumidores. O ministro deu como exemplo o caso dos bancos, que poderão franquear o acesso à internet dos correntistas que quiserem fazer transações pela rede. “Os bancos têm muito interesse no uso do home banking, porque economiza e melhora a parte operacional”.

O ministro diz que o objetivo do novo modelo é desonerar o consumidor que não tem acesso à internet. Segundo a advogada Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), em declaração à Agência Brasil, a gratuidade só é benéfica se o custo de implementação do serviço não for repassado nos preços das tarifas. “Hoje,o consumidor já paga uma das tarifas mais altas entre inúmeros países. É uma questão de acompanhamento efetivo por parte do governo, para que o consumidor não tenha essa gratuidade e acabe pagando tarifas mais caras por conta disso”.

O ministro também aproveitou para fazer um balanço da banda larga em 2011. Segundo Bernardo, o Brasil registrou um total de 58 milhões de acessos de banda larga no ano passado. A banda larga fixa cresceu 20%, com 2,8 milhões de acessos, e a banda larga móvel aumentou 99%, com 20,5 milhões de novos acessos.

Fonte: Época

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