Manifestantes ‘acampam’ no TJ contra aumento de passagem

Alagoas24horasRepresentantes de entidades se reúnem na porta do TJ/AL

Representantes de entidades se reúnem na porta do TJ/AL

As entidades que integram a frente de reivindicação contra o reajuste da tarifa nos coletivos da grande Maceió acamparam em frente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), no início da manhã desta quinta-feira, 1º. Eles aguardam uma resposta do pleno em relação ao mandado de segurança impetrado pelos manifestantes na última quarta-feira (29).

Estão participando da frente contra o reajuste da tarifa sindicatos ligado à Central Única dos Trabalhadores (CUT), estudantes e sociedade civil. De acordo com Luizinho da CUT, os trabalhadores estão acampados desde as primeiras horas da manhã desta quinta e só sairão do local com uma decisão do TJ.

“Estamos esperando uma posição do Tribunal, não sairemos daqui enquanto não soubermos qual é definitivamente o posicionamento do pleno. Não conseguimos entender, como é que é contra em um dia e no outro se torna favorável”, destacou Luizinho, enfatizando que existe no Ministério Público Estadual (MPE) um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) entre a Transpal e a Prefeitura de Maceió que exige a licitação do transporte coletivo.

Além cobrar um posicionamento do Tribunal, no tocante à decisão, o movimento também questiona do desembargador Washington Luiz Damasceno Freitas. “O desembargador, ao proferir a decisão, alegou que ouviu a sociedade civil, os movimentos, os trabalhadores, os estudantes, então perguntamos quais? Porque os maceionses são contra o aumento da passagem, uma vez que o trabalhador é afetado duas vezes, uma porque tem que pagar a própria passagem e ao mesmo tempo tem que pagar a passagem do seu filho, que é estudante. Infelizmente não conseguimos entender”, desabafou Luizinho.

Ainda de acordo com ele, com a decisão do desembargador a tendência do trânsito na capital de Maceió é piorar. “O trabalhador já não tinha condições de pagar R$ 2,10 e já tinha aderido ao uso de bicicletas. Agora com o valor alto e sem condições, os trabalhadores vão ao trabalho de bicicleta e até mesmo adquirir veículos ciclomotores”.

Segundo a assessoria do TJ, o mandado de segurança foi distribuído na manhã de hoje para o desembargador Estácio Luiz e o processo segue o trâmite burocrático de distribuição, não tendo uma data definida para o julgamento.

Entenda o caso

Sindicatos ligados a CUT, estudantes e sociedade civil realizou um protesto na última quarta-feira (29), em frente ao TJ, contra a decisão do desembargador Washington Luiz, que autorizou o reajuste da passagem de R$ 2,10 para R$ 2,30.

Junto a manifestação, o movimento impetrou com um mandado de segurança, onde pede a suspensão da decisão e a abertura para um amplo diálogo com a sociedade. “Não estamos pedindo muito, queremos apenas que os nossos direitos sejam atendidos e que a justiça seja feita”, concluiu Luizinho.

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