O procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares, se reúne na próxima terça-feira, dia 27, com os integrados do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) do Ministério Público Estadual. A reunião deveria ocorrer nesta sexta, 23, mas três promotores se encontram participando de eventos em outras cidades, o que inviabilizou a reunião.
Na pauta, o andamento das investigações da Operação Espectro, desencadeada no dia 6 de março, que resultou na prisão de oito pessoas, entre elas empresários e contadores. Durante a investigação foram detectadas fraudes em licitações realizadas pela Secretaria de Defesa Social para compra de alimentos para o sistema prisional de Alagoas. As irregularidades estariam ocorrendo desde 2008 e envolveria agentes públicos, que não tiveram as identidades reveladas.
A ‘ocultação’ dos agentes públicos provocou vários questionamentos a respeito da operação, uma vez que o MP aponta um desvio da ordem de quase R$ 300 milhões, mas não indicou quem – efetivamente – teria comandado o esquema.
Em entrevista ao Alagoas24Horas à época da operação, o promotor Luiz Tenório, que integra o Gecoc, chegou a afirmar que os gestores já haviam sido identificados, mas que o colegiado estaria robustecendo as provas antes de denunciá-los.
No último dia 13, quatro pessoas presas durante a operação foram liberadas após prestar depoimento aos promotores do Gecoc. Ainda segundo Tenório, a liberação se dava mediante a constatação de que os acusados não acrescentariam mais nada nem atrapalhariam as investigações.
Segundo a assessoria do MP, a reunião do procurador com os membros do Gecoc e Tavares se dá para que o procurador-geral tenha conhecimento do andamento das investigações. Um prazo de 30 dias teria sido estabelecido para que o colegiado apresente o nome dos gestores envolvidos no esquema fraudulento.
