Após mais de uma hora reunidos para “entendimento de lideranças”, por solicitação do deputado Maurício Tavares (PTB), os deputados voltaram ao plenário da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) nesta terça-feira, 27, sem tocar nos assuntos que ferviam nos bastidores: a repercussão do programa Custe o que Custar (CQC), exibido ontem na Rede Bandeirantes, e a determinação do juiz Helestron Costa, da 17ª Vara da Fazenda Estadual, de afastar o vice-presidente, deputado Antonio Albuquerque (PTdoB).
Nesta manhã, o presidente da Casa, deputado Fernando Toledo (PSDB) adiantou que só tomará alguma decisão em relação ao afastamento ou não de Albuquerque, depois que a Procuradoria Geral da ALE analisar a decisão judicial.
No documento, que ainda não havia sido entregue a Toledo, além do afastamento de Albuquerque por envolvimento na Operação Taturana, o magistrado determina o impedimento do suplente, ex-deputado Cícero Ferro (PMN), de assumir a cadeira.
O juiz também considerou inconstitucional o decreto legislativo que abstém a Mesa Diretora de cumprir as decisões judiciais para afastar deputados e determinou a aplicação de multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento.
Em plenário, o deputado Temóteo Correia (DEM) anunciou brevemente que, na sessão de amanhã (28) fará um pronunciamento a respeito da matéria que foi ao ar no CQC. O parlamentar adiantou que houve “distorções e inverdades” na edição do programa, que deu destaque a declaração dada por ele de que já comprou votos.
Além da entrevista com Correia, o programa também exibiu uma tentativa de agressão por parte do deputado Olavo Calheiros (PMDB) ao repórter Ronald Rios.
Albuquerque
Após a sessão, o deputado Antonio Albuquerque disse à imprensa que seus advogados já estavam estudando o teor da decisão do juiz Helestron Costa e voltou a afirmar sua inocência na acusação de envolvimento nos desvios que culminaram com a Operação Taturana.